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Flu terá 43 mil ingressos e 'custo zero' no Maracanã

Dos 78.838 lugares do novo Maracanã, o Fluminense só terá direito à receita da venda de 43 mil - os mais baratos. Com os melhores lugares - os camarotes e assentos corporativos, por exemplo -, quem vai lucrar é o Complexo Maracanã Entretenimento S.A., que

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.07.2013, 19:36:01 Editado em 27.04.2020, 20:27:35
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Dos 78.838 lugares do novo Maracanã, o Fluminense só terá direito à receita da venda de 43 mil - os mais baratos. Com os melhores lugares - os camarotes e assentos corporativos, por exemplo -, quem vai lucrar é o Complexo Maracanã Entretenimento S.A., que ganhou licitação do governo do Rio para administrar o estádio pelos próximos 35 anos. O clube tricolor assinou nesta quarta pelo mesmo período com o grupo de empresas, formado pela construtora Odebrecht, a IMX de Eike Batista e a norte-americana AEG.

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O total de lugares destinado ao Flu é ainda menor que o previsto pela concessionária na proposta apresentada ao governo durante a concorrência. No documento, revelado peloEstado em junho, o Complexo Maracanã previa ficar com a renda de 27.889 lugares (camarotes corporativos, camarotes frisa, assentos premium corporativos, assentos premium e fã tickets). Entretanto, no contrato assinado com o Fluminense, o Maracanã S.A. subiu seu potencial de lucro para 30.870 lugares.

Segundo o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, o clube terá "custo zero" para jogar no Maracanã. Os únicos gastos serão com a taxa de 10% da Federação de Futebol do Rio cobrada sobre a bilheteria a cada jogo (o Flu terá de pagar o proporcional aos seus 43 mil lugares) e o Imposto Sobre Serviços (ISS). O Fluminense também terá direito a instalar uma loja oficial no estádio a partir de 2015. Entretanto, toda renda com restaurantes, bares e estacionamento, por exemplo, ficará com o Maracanã S.A.

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"Gostamos muito do modelo porque protege o clube", disse Siemsen. Ele lembrou que, nos últimos anos, o Fluminense vinha tendo prejuízo com jogos disputados no Engenhão, em Volta Redonda e Macaé. "Se fôssemos levantar um novo estádio, teríamos gastos com terreno, construção e para isso precisaríamos de um sócio. Até esse parceiro conseguir recuperar o valor investido, demorariam muitos anos e por isso a margem do clube seria muito pequena", disse o mandatário. Segundo Siemsen, o Fluminense buscou uma forma de não ter prejuízo em dias de jogos com pouco público. Mas ele admitiu que, em dias de Maracanã lotado, o lucro da concessionária será "exageradamente grande".

O primeiro jogo no estádio será no dia 21, clássico contra o Vasco, mas o preço dos ingressos ainda não foi definido. O contrato do Fluminense com o Maracanã S.A. prevê exclusividade: todos os jogos como mandante devem ser disputados no estádio. Se houver rompimento por uma das partes, haverá pagamento de indenização, mas segundo Siemsen o valor "ainda não foi calculado".

Antes da assinatura do contrato, chegaram a circular notícias de que as empresas pagariam metade da construção do novo centro de treinamento do Fluminense, orçado em R$ 7 milhões. Mas o presidente do clube negou a informação.

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O Flamengo ainda negocia com a concessionária. Segundo fonte do clube da Gávea, o Maracanã S.A. chegou a oferecer R$ 20 milhões para a conclusão do Ninho do Urubu, mas a proposta do grupo foi rejeitada pelo clube rubro-negro. De acordo com o presidente Eduardo Bandeira de Mello, a distância entre o que o Flamengo quer e que a concessionária oferece ainda é muito grande. As negociações já estão na terceira rodada e as partes ainda não chegaram a um consenso.

O Botafogo também negocia com a concessionária para jogar no Maracanã pelo menos até o fim de 2014, quando está previsto o fim da reforma do Engenhão, interditado. O presidente do Maracanã S.A., João Borba, confirmou que o foco principal agora é o Flamengo.

Em Belo Horizonte, somente o Cruzeiro tem contrato com a Minas Arena, que administra o Mineirão. O clube tem direito à renda de 54 mil ingressos, mas tem de arcar com 70% das despesas em dias de jogos.

CRÍTICA - O presidente do Fluminense criticou o governo do Rio. "Os clubes foram excluídos do planejamento desse processo de licitação e isso foi um erro. Tínhamos de ter participado da discussão desde o início".

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