Foi na base da raça, da pressão e da superação em campo. Depois de um primeiro tempo equilibrado, o Coritiba atropelou o Atlético Paranaense no segundo tempo e, com um placar de 2 a 0, garantiu o título de campeão paranaense com uma rodada de antecedência.
Com o resultado, o Coxa chegou aos 20 pontos, não podendo ser mais superado pelo Furacão, que segue em segundo, com 16. Os gols do jogo foram marcados por Marcos Aurélio e Geraldo. Em uma partida digna de um clássico, as duas equipes tiveram condições de buscar a vitória, mas, melhor postado, o Coritiba soube controlar a ansiedade e apresentou um futebol de campeão para levantar a taça.
A festa no Couto Pereira estava preparada desde o começo. O Green Hell, que ficou marcado no Brasileirão do ano passado, voltou com tudo assim que o time entrou em campo. Porém, do outro lado, o técnico Leandro Niehues surpreendeu e colocou em campo um Atlético Paranaense totalmente ofensivo. Sem Rhodolfo e Bruno Mineiro, que foram vetados, a equipe foi para campo com tês atacantes, sendo Alex Mineiro titular, depois de cinco meses sem jogar.
Dentro de campo o jogo começou igual, pegado, com várias disputas de bola no meio-campo. Os dois lados não davam espaço para o ataque e o jeito foi chutar de longe. Aos seis, Valencia, que atuou como lateral-direito, ajeitou e encheu o pé, assustando Edson Bastos. Não demorou muito e o Furacão levou perigo novamente. Aos dez, Paulo Baier cobrou escanteio direto para o gol e acertou o travessão. Início de pressão.
Mas o Coritiba passou a sair para o jogo, na base da jogada individual. Rafinha fez o que quis com a bola e saiu da intermediária até a área, deixando para trás quem viesse em sua direção. Depois, Marcos Aurélio cobrou falta direto para o gol e Neto defendeu em dois tempos. Era os donos casa reagindo e tentando equilibrar o duelo.
Só que o confronto era lá e cá. Não demorou para Alex Mineiro receber livre na área, pela direita, e chutar cruzado, obrigando Edson Bastos a fazer boa defesa. No minuto seguinte, Chico pegou a sobra na área e mandou por cima do gol. O esquema ofensivo de Niehues deu certo e colocava o Coxa em apuros nas saídas em contra-ataque. Já o Coxa buscava sair pelo lado direito, onde buscava o espaço deixado por Márcio Azevedo.
Aos poucos, o Coritiba ia acordando para o jogo e se animou com três boas chances seguidas. Primeiro Lucas Mendes, após cobrança de escanteio, cabeceou por cima. Depois, Marcos Aurélio fez boa jogada individual e deixou Ariel em boa situação, mas o argentino não aproveitou. Não demorou muito e Marcos Paulo, na entrada da área, deu um lindo chapéu em Chico e na conclusão tirou tinta da trave direita.
Foi o suficiente para que a torcida voltasse a empurrar o clube, ao contrário do lado atleticano, que sentiu a pressão e se calou. Rafinha, livre pela direita, perdeu outra grande chance de inaugurar o placar. Aos 41, Paulo Baier recebeu cruzamento pela direita e, de voleio, mandou de primeira, mas Edson Bastos fez bela defesa, deixando o primeiro tempo sem gols.
Como não podia ser diferente, a segunda etapa iniciou com os dois times saindo para o ataque, buscando a vitória. O Coritiba voltou melhor postado e, em rápida troca de passes, Rafinha recebeu pela esquerda e tocou na medida para Marcos Aurélio estufar as redes e colocar o Coxa em vantagem, aos cinco minutos.
Precisando virar o placar, o Furacão não demorou para atacar. Logo depois da saída da bola, Tartá recebeu cruzamento pela esquerda e bateu cruzado, mas Edson Bastos fez verdadeiro milagre. O jogo voltou a esquentar e ficar emocionante.
Aproveitando o princípio de desespero do rival, e a euforia da torcida, o Coxa se transformou em um verdadeiro rolo compressor e bombardeou o goleiro Neto, com três chutes de Ariel. O técnico Leandro Niehues, tentando mudar o duelo, tirou Márcio Azevedo para colocar mais um atacante em campo.
Só que a bola não chegava ao setor ofensivo rubro-negro. Bem postado, o Alviverde tomava conta do meio-campo e era quem controlava a partida. Com muito espaço para trabalhar, o Coritiba seguia chegando até com certa facilidade, principalmente com Marcos Auréio, que atormentava a defesa, enquanto o Furacão mal atacava.
E a pressão foi recompensada com mais um gol. Aos 29, Geraldo recebeu pela esquerda, driblou Manoel e chutou cruzado, na saída de Neto. A festa no Couto Pereira não podia ser mais contida. Desesperado, o Atlético-PR se perdeu em campo e não conseguia criar mais nada, embora tentasse partir, de forma desorganizada, para o ataque. Ao Coxa, restou apenas esperar o apito final e comemorar seu 34º título estadual.
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