Penúltimo lugar no Novo Basquete Brasil, demissão do técnico, jogador gravemente lesionado e nebulosidade na prestação de contas de 2009. A soma de todos esses fatores pode tirar o Londrina da terceira edição do NBB, caso a diretoria não consiga reerguer o clube após a temporada de perdas dentro e fora da quadra.
A instituição deve salários aos jogadores, o treinador Ênio Vecchi saiu da equipe pela porta dos fundos e o ala-pivô Bernardo Alves aguarda na casa dos pais a solução financeira para poder operar o joelho lesionado na partida contra o Flamengo há mais de um mês. As explicações de dirigentes e atletas se confrontam, e a crise foi instalada nos corredores do ginásio Moringão.
Com uma história de dedicação ao basquete de Londrina, Ênio Vecchi se diz magoado com o desrespeito apresentado pela diretoria da Associação Desportiva Londrinense (ADL). O técnico afirma que foi demitido enquanto esperava na fila de uma lotérica da cidade.
- O sistema estava fora do ar, então esperei na fila. Recebi uma ligação do Leitinho (diretor de esportes), que me perguntou onde eu estava e disse que precisava falar comigo. Eu não podia sair dali, então ele falou que viria ao meu encontro. E o fez. Quando chegou, disse que o presidente mandou me demitir. Questionei o motivo e ele disse que não sabia qual era. A minha sorte é que eu sou uma pessoa conhecida na cidade e outras pessoas assistiram a tudo aquilo. O presidente diz que não foi assim, que houve uma reunião. Se ele acha que me dispensar em um saguão de hotel é mais requintado, também não tem cabimento – afirmou Ênio.
A versão do técnico é contestada pelo presidente da ADL, Paulo Chanan. O dirigente o acusa de tentar sabotar a participação do Londrina na terceira edição do NBB.
- Ele foi demitido no saguão do hotel, sim, por um diretor da associação. Foi uma conversa tranquila e com muito respeito. Explicamos que não teríamos como pagar o salário que ele recebe, pois haverá uma reestruturação no clube. O que aconteceu realmente que o Ênio não conta é que descobrimos que ele estava montando uma associação para roubar a nossa vaga no NBB. Se mostrou esse interesse, é porque não queria trabalhar mais aqui. Agora se faz de vítima. Criou uma comoção na cidade. Eu nunca demitiria alguém assim, isso é um absurdo – garante Chanan.
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