Como acontece todo ano, os principais clubes brasileiros passam por verdadeiras maratonas de jogos e acabam perdendo diversos jogadores por lesões. No último domingo, diante do Guarani, o Corinthians teve três atletas (Cássio, Igor e Renato Augusto) sentindo contusões e se tornando desfalques para a equipe. Para o zagueiro Paulo André isso é mais uma prova de que a disputa de campeonatos estaduais é impraticável para os times grandes.
"Esse formato é impraticável, não vai sobreviver por muito tempo. Existem alguns modelos interessantes, não tenho posição definida, mas não sei até que ponto vale a pena para times das séries A e B disputar os estaduais, pensando em produto, público, receita", declarou o jogador, que vê o formato dos estaduais obsoleto.
"Realmente não vejo muito futuro. É histórico, foi legal, tinha rivalidade, mas hoje é menor. Antigamente havia problema de transporte, era o que fazia os regionais existirem. Por isso valeu, mas hoje a gente fala de dinheiro. Eles (estaduais) podem continuar existindo, mas não com a presença de todos os times."
Além do problema de calendário, Paulo André avaliou que os estaduais não são mais rentáveis para os principais clubes do País. "É só fazer uma conta: temos 52 semanas no calendário, menos quatro de férias e quatro de pré-temporada, sobram 44 semanas. É pouco, tem que priorizar, ver o que é mais rentável, sem esquecer que fomentar o esporte nas cidades pequenas. Mas é um outro segmento, outro nível de atuação", avaliou.
Mesmo vendo seus companheiros ficando fora de algumas partidas por lesões, Paulo André garantiu que não tem qualquer receio de se contundir. "Receio não tenho nenhum, conhecemos nosso limite. A gente tem que se adaptar a essa maluquice (calendário), mas fica complicado não se machucar."
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