Di Grassi surfa na Austrália e pensa na F1

Depois de uma estréia da qual teve que abandonar por problemas hidráulicos já na terceira volta, após ter superado três carros na largada, o brasileiro Lucas Di Grassi (Clear, Eurobike, Sorocred, Schioppa, Locaweb) teve um começo de semana mais tranqüilo antes da segunda prova do ano, no próximo domingo (28), na Austrália. O paulista e o espanhol Andy Soucek surfaram nesta quarta-feira (24) nas ondas de Torquay, nas proximidades de Melbourne, tradicional local da prova de F1.

No mesmo dia, Di Grassi recebeu a confirmação de que o patrocínio da Sorocred, empresa do segmento de crédito pessoal, terá continuidade até o final de 2010. Baseada em Sorocaba (SP), a Sorocred havia fechado inicialmente um acordo que abrangia apenas a primeira etapa do ano, no Barein - o acordo com o piloto agradou a empresa, que estendeu a parceria.

Praticante do surfe quando está de férias no Brasil, Lucas dividiu as ondas com o bicampeão mundial (1987 e 1991) Damian Hardman. "É bom relaxar e se desligar um pouco da competição para me concentrar totalmente na corrida daqui em diante.

O surfe é um esporte muito exigente no aspecto físico, então é ma boa preparação para guiar o carro, já que movimenta todos os músculos do corpo do atleta. Além disso, o surfe exige concentração máxima no momento em que se está de pé na prancha, e isso é algo que este esporte tem em comum com o automobilismo, no qual a concentração é fundamental", disse o brasileiro.

"Mais importante, conseguimos voltar à areia sãos e salvos, o que era a maior preocupação do meu engenheiro de corrida", divertiu-se o brasileiro do carro número 25. "Eu sou um bom surfista, então foi bem divertido sair um pouco da cidade para pegar algumas ondas antes de pegar no pesado", afirmou o piloto da Virgin Racing.

Sobre sua segunda corrida na Fórmula 1, Lucas se mostra tranqüilo. "Já estive alguma vezes na Austrália, mas nunca corri no traçado de Albert Park, então será um fim de semana interessante. Não vejo a hora de voltar ao carro e analisar a pista. A Austrália é um país que lembra muito o Brasil - o clima é bom e as pessoas são amigáveis. Foi bom dar uma relaxada antes de nos concentrarmos nas coisas sérias", observou.

De acordo com Di Grassi, a equipe trabalhou muito nas duas semanas entre o GP do Barein e da Austrália, focando-se principalmente na durabilidade dos componentes. "O trabalho foi feito, e espero que os problemas tenham sido resolvidos.

Queremos evoluir no treino classificatório e também terminar a corrida. Fiquei satisfeito com meu primeiro qualifying, e agora quero repetir o desempenho na corrida, quero mostrar que o carro está evoluindo, fazer um trabalho consistente, tirar o máximo do carro", enumerou.