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Sob desconfiança, Brasil pega África do Sul no Morumbi

Dois anos no comando, com alguns sucessos, tropeços marcantes na Copa América de 2011 e na Olimpíada de Londres, que o deixaram sob desconfiança do torcedor. É assim que o técnico Mano Menezes dá início nesta sexta-feira à fase final de seu trabalho, que

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.09.2012, 08:06:01 Editado em 27.04.2020, 20:40:46
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Dois anos no comando, com alguns sucessos, tropeços marcantes na Copa América de 2011 e na Olimpíada de Londres, que o deixaram sob desconfiança do torcedor. É assim que o técnico Mano Menezes dá início nesta sexta-feira à fase final de seu trabalho, que visa a disputa da Copa das Confederações, no próximo ano, e, principalmente, a Copa do Mundo de 2014. E vai a campo sob um clima de expectativa e tensão. A África do Sul, o adversário da partida que começa às 15h45, no Morumbi, a rigor não preocupa. A ansiedade fica por conta de uma possível reação negativa da torcida paulista, normalmente bastante exigente, e no momento ressabiada com o fato de o ouro em Londres ter escapado.


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Mano Menezes sabe que o tempo está passando e, se não convencer rapidamente, pode ter a sua caminhada interrompida. O presidente da CBF, José Maria Marin, lhe dá apoio público, mas não está seguro de que o treinador seja o melhor para a seleção e uma troca não pode ser descartada. Até porque gente com grande influência sobre ele, como o presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, quer outro comandante. Por conta disso, mais do que um bom resultado, precisa que a seleção apresente futebol convincente, que agrade ao torcedor que for ao Morumbi.


"O torcedor está sempre disposto a apoiar, mas para fazer isso por 90 minutos, depende da gente", disse Mano Menezes nesta quinta, após o treino no Morumbi, visto por cerca de 3 mil pessoas - a entrada foi liberada a pedido de Marin para aproximar o público da equipe. "Não se pode exigir apoio por decreto. A nossa parte é jogar um futebol que deixe o torcedor envolvido com a seleção".


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Para isso, convocou para o amistoso desta sexta e também o da próxima segunda contra a China, no Recife, um grupo um pouco mais experiente do que aquele que foi à Olimpíada - mais parecido com o que fez 3 a 0 na Suécia, em um amistoso logo depois da prata em Londres. Não tem, porém, seu capitão, Thiago Silva, cortado por contusão. Confia em "pilares" como Neymar, Oscar e Daniel Alves, além de Lucas que, enfim, vai ter chance de começar jogando. Estar no São Paulo e conhecer bem o Morumbi certamente contribuiu para o meia ter chance entre os titulares.


AO ATAQUE - A seleção, nesta sexta, também será ofensiva. Mano Menezes escalou apenas um volante, Rômulo, e vai completar o meio de campo com Ramirez e Oscar. Lucas, Neymar e Leandro Damião formarão a frente. Diego Alves será o goleiro - também jogará contra a China - e Daniel Alves, poupado nos treinos por causa de uma contusão muscular, está confirmado na lateral direita.


Mano Menezes se diz tranquilo, mas clama por "carinho" dos paulistas, algo que não aconteceu nas duas últimas visitas da seleção a São Paulo. Contra o Uruguai, em 2009, nas Eliminatórias da Copa da África do Sul, o time foi vaiado e somente os gols de Luis Fabiano na vitória por 2 a 1 aliviaram um pouco o clima. No ano passado, na despedida de Ronaldo e já sob o comando de Mano Menezes, a equipe também levou vaias no pálido 1 a 0 sobre a Romênia, no Pacaembu.


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E, no treino desta quinta, Mano Menezes teve uma mostra do que pode ocorrer nesta sexta. Houve apoio, é fato, mas em meio a aplausos, surgiram vaias, até mesmo para Neymar, e pedidos de troca de treinador. "Fora Mano, burro!", gritou parte dos torcedores. Segundo a FPF, 40 mil dos 64.197 ingressos foram vendidos até esta quinta. Para o técnico, um excelente público. "Podemos chegar a 55 mil, não é um bom público para um feriado e para uma seleção em formação?"


Na África do Sul, o técnico Gordon Igesund afirmou que pretende dificultar o trabalho do Brasil armando uma equipe bem ofensiva. Mano Menezes não deu importância à ameaça: "Todos querem ser ofensivos, mas sem oferecer espaço ao adversário. Só que é algo unilateral. Tem de ver o que o outro (time) vai fazer".

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