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Corredor brasileiro vence Pistorius, leva o ouro e visa Troféu Brasil

Por Jairo Marques, Enviado especial* LONDRES, REINO UNIDO, 2 de setembro (Folhapress) - Um brasileiro de 20 anos, de Marabá (PA), conseguiu hoje uma das maiores façanhas dos Jogos Paraolímpicos de Londres até agora. O para-atleta Alan Fonteles, que é b

Da Redação

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Publicado em 02.09.2012, 18:48:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:57
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Por Jairo Marques, Enviado especial*

LONDRES, REINO UNIDO, 2 de setembro (Folhapress) - Um brasileiro de 20 anos, de Marabá (PA), conseguiu hoje uma das maiores façanhas dos Jogos Paraolímpicos de Londres até agora. O para-atleta Alan Fonteles, que é biamputado, derrotou, na prova dos 200 m rasos, o sul-africano Oscar Pistorius.

Fonteles usa o mesmo tipo de prótese que Pistorius e sempre esteve confiante de que ganharia a disputa.

O sul-africano começou dominando a competição, até depois da linha dos 150 metros, mas o brasileiro deu uma arrancada nos instantes finais e ficou com o ouro com o tempo de 21s45 contra 21s52 do rival.

Pistorius ganhou destaque internacional por se tornar o primeiro atleta biamputado a disputar uma Olimpíada -este ano, chegou até a semifinal.

Durante as provas de classificação, na manhã de sábado, Pistorius havia reclamado que a altura de Fonteles havia aumentado em relação ao mundial que disputaram juntos no ano passado.

Na regra paraolímpica, os competidores que usam prótese podem ajustar, dentro de um limite, suas alturas.

O treinador do grupo brasileiro de para-atletismo, Ciro Wincker, confirmou que a altura do brasileiro foi ajustada de 1,76m para 1,81m, alegando que ele é muito jovem e ainda está se ajustando ao crescimento.

Fonteles usa próteses de madeira, fabricadas no Pará, para andar e as mais sofisticadas para correr. Ele ainda vai disputar quatro provas contra Pistorius.

"Primeiro quero fazer minha história dentro do esporte paraolímpico e levar o meu nome para percorrer todo o mundo. Depois, quem sabe, conseguir um índice para competir um Troféu Brasil, por exemplo. Mas isso só após 2016", diz o corredor sobre correr ao lado de atletas sem deficiência.

Resultados

Os para-atletas do Brasil precisaram de quatro dias de provas para conquistar mais que o dobro de medalhas de ouro do que os atletas da competição convencional.

Já são sete vezes que o hino brasileiro toca dentro das arenas londrinas, com o ouro, e 13 premiações no total.

A natação e o atletismo são os esportes que fizeram a diferença. Juntas, as modalidades garantiram as medalhas douradas para o país.

No quadro geral de premiações, o país está na sétima colocação. A China domina a competição e a anfitriã Grã-Bretanha está em segundo lugar geral.

Os nadadores Daniel Dias, 24, e André Brasil, 28, foram os destaques masculinos do elenco brasileiro até aqui.

Cada um deles conquistou duas medalhas de ouro e um recorde mundial (ambos nos 50m, mas em categorias diferentes de nível de comprometimento de movimentos).

Yohansson Nascimento, 24, também garantiu recorde mundial e ouro, mas no atletismo, nos 200 m rasos, em sua categoria, que envolve limitações físicas.

Ao final da prova, ele exibiu, em um pedaço de papel, um pedido de casamento à namorada, Thalita.

No atletismo entre mulheres, um pódio triplo e uma quebra de recorde paraolímpico, com Terezinha Guilhermina, 33, que é cega e ficou com o ouro nos 200 m rasos, com 24s82, em sua categoria, para deficientes visuais.

Jerusa Santos ficou com a prata e Jhulia Santos, com o bronze. As três compuseram as quatro vagas da final (são apenas quatro finalistas porque há quatro raias ocupadas pelos atletas-guias que orientam os corredores sem visão).

O judô fechou sua participação com quatro pódios: uma prata e três bronzes.



* O jornalista Jairo Marques viaja a convite do Comitê Paraolímpico Brasileiro

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