O médico do Vasco, Clóvis Munhoz, informou no fim da noite deste domingo que a cirurgia no técnico Ricardo Gomes - com duração de pouco mais de três horas - foi considerada um sucesso. Vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, o treinador acabou submetido a uma intervenção pelo neurocirurgião José Antônio Guasti, no Hospital Pasteur, na zona norte do Rio de Janeiro.
No entanto, Ricardo Gomes ainda inspira cuidados, por isso é mantido em coma induzido. "O estado ainda é grave. Se não fosse, não estaria em um CTI (Centro de Terapia Intensiva). Está entubado para que não ocorra nenhum dano. Agora, precisa de repouso", disse Clóvis Munhoz.
O AVC hemorrágico é o rompimento dos vasos sanguíneos que se dá, na maioria das vezes, no interior do cérebro. Em alguns casos, a hemorragia pode ocorrer entre o cérebro e a aracnóide - uma fina membrana ligada aos órgãos do sistema nervoso. A consequência imediata é o aumento da pressão interna do crânio, que traz dificuldades para a chegada do sangue em outras áreas. A região afetada no cérebro de Ricardo Gomes influencia o lado direito do corpo e a fala. Por enquanto, segundo Clóvis Munhoz, ainda é muito cedo para prever sequelas.
"Vai depender diretamente do que aparecer no pós-operatório. Não temos ideia de sequelas. O resultado imediato foi o melhor possível. O neurocirurgião que o operou teve ótima impressão, ele é experiente, já viu muitos casos. O Ricardo tem muita possibilidade. Agora, essas próximas 72 horas vão mostrar se há sequelas, qual o tempo de recuperação. E se aparecer alguma sequela, pode ser algo reversível", explicou.
Ricardo Gomes passou mal durante o segundo tempo do clássico deste domingo entre Flamengo e Vasco, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em função das limitações causadas pelo AVC, o treinador precisou do auxílio de uma ambulância para deixar o Engenhão.
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