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Família foge da radioatividade nuclear

Os níveis de radioatividade que ameaçam o Japão e que igualaram, nesta semana, a tragédia de Fukushima ao maior acidente nuclear da história, o de Chernobyl, na Ucrânia, interromperam o sonho de uma família de Apucarana no país asiático. Depois de assi

Da Redação

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Ivo Gomes de Oliveira e a esposa Edina: seguro no Brasil, casal espera voltar ao Japão ainda neste ano
Icone Camera Foto por Sérgio Rodrigo
Ivo Gomes de Oliveira e a esposa Edina: seguro no Brasil, casal espera voltar ao Japão ainda neste ano
Escrito por Da Redação
Publicado em 15.04.2011, 08:41:00 Editado em 27.04.2020, 20:48:30
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Os níveis de radioatividade que ameaçam o Japão e que igualaram, nesta semana, a tragédia de Fukushima ao maior acidente nuclear da história, o de Chernobyl, na Ucrânia, interromperam o sonho de uma família de Apucarana no país asiático. Depois de assistir ao terremoto de quase 9 graus na escala Richter, seguido de tsunami, que abalou a terra do sol nascente, o dekassegui Ivo Gomes de Oliveira, 55 anos, a esposa, os dois filhos e a nora decidiram encurtar a estadia em Mtsukaido-ken, cidade a 50 quilômetros de Tóquio.

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Mesmo estando a 450 quilômetros dos vazamentos da usina de Fukushima, eles encontraram no retorno ao Brasil uma forma de se manterem livres da radiação. “Voltamos por causa do maremoto e da radiação. Estamos preocupados porque a tendência é os riscos de contaminação aumentarem. Nosso plano era voltar só em 2014, para assistir a Copa no Brasil”, afirma Oliveira, ao contar que o voo em que o trouxe ao País estava lotado de brasileiros. “Muitos entraram em desespero e mandaram primeiro a mulher e os filhos”, pontua.


Ele e a esposa haviam se mudado para o Japão há dois anos e meio, a fim de apoiar os filhos, que já estavam trabalhando fora do Brasil. Apesar da cultura diferente, a família se adaptou rapidamente aos costumes nipônicos. A identificação foi tanta que, com todos os tremores que o país enfrentou nas últimas semanas, os Oliveira não descartam pisar em solo japonês novamente. “Esperamos voltar para lá em novembro ou dezembro”, diz Ivo, que considera fantástica a forma com que os japoneses estão lidando com a catástrofe. “Eles são muito preparados. São calmos e aguardam o posicionamento do imperador. No dia do terremoto de 9 graus, no frigorífico em que eu trabalhava, os brasileiros, filipinos e tailandeses foram os primeiros a sair da fábrica e os japoneses os últimos”, recorda.

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A serenidade e o respeito japoneses também chamaram a atenção da esposa do dekassegui, Edina Inumaru Oliveira. Nikkei, ela nunca havia viajado para o Japão antes do período em que passou por lá. “Descobri que aquele país é muito bom. Agora, vamos ver se a situação melhora para viajarmos de novo”.

Dez são achados em usina

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Dez corpos foram localizados ontem por policiais e bombeiros na área contaminada por radiação, no nordeste do Japão. As vítimas estavam em um raio de 10 quilômetros em torno da região da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi. Apesar de ainda não haver detalhes sobre a morte destas pessoas, as buscas serão mantidas até o dia 24.


As buscas que começaram hoje foram as primeiras na área da radiação. Com roupas próprias para locais com risco de contaminação, cerca de 300 agentes fizeram as buscas em Namie Town, desenterrando escombros e monitorando os níveis de radiação.


Considerada o centro da indústria de pesca local, Fukushima virou pilha de entulho. Na região, foram localizadas também quatro vacas vivas. No porto havia barcos de pesca vazios e atracados. O ar, a água, as plantas e os animais da área receberam elevadas cargas de radiação. Cerca de 13.456 pessoas morreram e 14.867 desapareceram no País desde o terremoto seguido de tsunami, em11 de março. Outras 139 mil estão em abrigos provisórios. (Com Agência Brasil)

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