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Inibidores de apetite geram polêmica

A proposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em banir a comercialização de inibidores de apetite que contenham em sua composição sibutramina e os chamados anorexígenos anfetamínicos tem gerado críticas entre a classe médica de todo o

Da Redação

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Anvisa estuda banir anorexígenos anfetamínicos do Brasil
Icone Camera Foto por André Veronez
Anvisa estuda banir anorexígenos anfetamínicos do Brasil
Escrito por Da Redação
Publicado em 02.03.2011, 09:46:00 Editado em 27.04.2020, 20:50:21
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A proposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em banir a comercialização de inibidores de apetite que contenham em sua composição sibutramina e os chamados anorexígenos anfetamínicos tem gerado críticas entre a classe médica de todo o País. Mesmo defendendo que os riscos oferecidos aos pacientes são maiores que os benefícios, o órgão tem encontrado opiniões contrárias a respeito da prescrição dos medicamentos, inclusive na região.

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Para o endocrinologista e metabolista José Cervantes Loli, de Apucarana, a sibutramina ainda é usada de forma irregular no Brasil. Com prescrições médicas irresponsáveis, o remédio pode acarretar efeitos colaterais quando receitado a pacientes que não precisam dele.


“Cada caso é um caso. No tratamento da obesidade, a sibutramina pode ser interessante para ajudar a dar mais saciedade e a diminuir a fome, quando os pacientes precisam de intervenções farmacológicas. Mas, a substância pode trazer problemas para hipertensos e cardiopatas, que precisam ser acompanhados pelos médicos”, assinala o médico.

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Ele analisa que o estudo que trouxe a proibição do uso da sibutramina na Europa e colocou o Brasil sob observação tem lógica. “Porém, parece que estamos perdendo uma grande medicação devido ao uso ilimitado”, pontua.


O especialista em emagrecimento Jair Tribulato também sustenta que é necessário critério na hora de prescrever a sibutramina. Nem por isso, no entanto, o medicamento deve ser proibido. “Todo o medicamento é droga, até um ‘melhoral infantil’, que muita gente usa para ‘afinar’ o sangue, pode causar problemas. O médico deve ser capacitado, fazer a indicação correta. Ele estudou para isso”, afirma.


Tribulato também salienta que as alternativas de tratamento da obesidade podem ser prejudicadas com a proibição da sibutramina e remédios que contenham em sua composição substâncias como anfepramona, femproporex e mazindol.

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“Hoje, quem é obeso não é porque quer e emagrecer não é fácil. Assim, esses remédios precisam ser usados com bom senso. É um absurdo proibi-los”, define.

CRM propõe controle maior

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Aumentar a fiscalização ao invés de proibir emagrecedores compostos por sibutramina e anfetamínicos é a proposta do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Paraná. De acordo com o vice-presidente do órgão no Estado, Alexandre Gustavo Bley, o CRM entende que os medicamentos anorexígenos desempenham um papel importante no tratamento da obesidade e que devem fazer parte de uma discussão mais ampla. “Simplesmente retirar o remédio do mercado não resolverá o problema. É preciso controlar melhor a venda. Além disso, pacientes que fazem o uso do medicamento, acompanhados por médicos, podem ser prejudicados com a interrupção do tratamento”, afirma.


Quem já usou os medicamentos em questão também aponta que é necessário cautela, bem como evitar a auto-medicação. “Muita gente ainda usa indiscriminadamente, comprando receitas médicas. Isso pode fazer mal à saúde”, comenta a vendedora Natália, nome fictício, que usou anfetamínicos por 13 anos. Hoje, ela deixou os remédios e mantém o peso com dieta balanceada e exercícios físicos. (A.L.)

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