Cresce na região o número de adeptos ao ciclismo amador. O esporte, praticado dentro das cidades, nas rodovias ou em estradas rurais tem atraído um público que não se sente atraído por atividades físicas dentro de academias, ou solitárias em um cômodo de casa. São pessoas que preferem a aventura e a liberdade. Por isto somente um clube de ciclismo, criado há cerca de dois anos em Apucarana, tem aproximadamente 100 integrantes e já se aventurou longe, ao descer a Estrada da Graciosa, na região litoranêa do Paraná, até Morretes. A atividade combina diversão e condicionamento físico, com a perda de peso, um importante aliado na manutenção da saúde.
As ‘pedaladas’ no município acontecem em qualquer horário por pequenos conjuntos de ciclistas. Já o grupo de ciclismo Cógido Pedal se reúne pelo menos três vezes por semana. Nos sábados ou feriados, o percurso pode ser de até 70 quilômetros. Já nas segundas e quartas-feiras, a pedalada é noturna, mais curta e no perímetro urbano. Hoje o grupo é constituído de famílias. Mulheres e crianças também se aventuram sobre duas rodas com os pais.
O Código Pedal foi há formado quase 3 anos por dois amigos que saíam aos sábados para pedalar. “Aos poucos outros amigos ficaram sabendo e começaram a andar juntos, vieram outros conhecidos e hoje somos muitos”, diz o comerciante Marcos Donizete da Silva, um dos fundadores do grupo.
“De repente as esposas e os filhos vieram com suas bicicletas”, completa Silva. Assim as saídas dos ciclistas precisaram ser programadas e organizadas. “Como são muitas pessoas é preciso atenção maior com a segurança e a utilização de itens de proteção, como capacete e luvas”, conta o ciclista.
Os passeios desta turma, nos finais de semana geralmente são na zona rural, por ter menor trânsito de veículos. “Também andamos nas rodovias, mas preferimos estar fora da estrada”. Para andar de bicicleta é preciso disposição e continuidade. “É hábito. A pessoa não pode parar, quando se anda em turma é motivador. Sozinho é fácil desanimar, qualquer coisa é motivo para não sair, então a bicicleta vai ficando de lado”, observa.
A idade média dos membros do grupo é 35 anos. São profissionais liberais, estudantes, médicos, comerciantes, empresários, donas de casa, unidos pela atividade física sem rotina. “Eu e meu marido (Dionísio Palharini, 52 anos) não gostamos de academia. Não conseguimos ficar fechados. Antes fazíamos caminhada, mas também ficou cansativo. Gostamos de apreciar a natureza, interagir com amigos”, conta a dona de casa, Fabíola Gonzalez Palharii, 48 anos. O casal pedala regularmente há cinco anos e há quatro meses integra o Código Pedal. Dionísio controla a pressão arterial, também com o ciclismo. Atualmente ele, que é bancário, substituiu o carro por sua bicicleta como meio de trasnporte diário. “Depois que ele fez isto outros dois colegas, também começaram a ir de bicicleta para o banco”, revela a esposa. “O ciclismo melhorou muito nossa vida, até o humor está melhor”, diverte-se a mulher. Marcos .
Terrenos difíceis e desafios
Para ciclistas mais experientes e calejados, as aventuras mais puxadas são os objetivos. O casal Éder Junho, 56 anos, motorista de caminhão e Cleonice Junho, 46 anos, servidora pública, preferiu virar o ano sobre duas rodas. Eles pedalaram 429 km por estradas rurais, serras e poucas rodovias entre a cidade de Tambaú e Aparecida do Norte, São Paulo.
O trajeto foi feito do dia 30 de dezembro a 03 de janeiro. O casal rodou cerca de 70 km por dia no conhecido “Caminhos da Fé”, uma rota de turismo religioso entre os dois municípios. O trajeto é percorrido o ano todo por romeiros a pé e de bicicleta.
“Foi maravilhoso. Percorrer 70 km aqui na região de Apucarana parece uma eternidade e é desgastante. Lá quando descansávamos à noite (em pousadas rurais) sabíamos que no outro dia seriam mais 70 km, mas não havia canseira ou desânimo”, conta Éder Junho. Ele e a esposa cumpriram propósitos e foram agradecer a Nossa Senhora Aparecida. Junho conta que começaram a pedalar há oito anos, por recomendação médica. “Eu fumava muito, era sedentário e sofri um enfarte. O médico me aconselhou a fazer uma atividade física. Decidi andar de bicicleta e minha mulher, que também fumava, ficou com medo (enfarte) e começou a andar comigo”, revela o carreteiro.
Orientações básicas
Para iniciar na vida de ‘pedaleiro’ é necessário observar algumas recomendações, como para qualquer atividade esportiva. “A pessoa tem que começar devagar. Percorrer pequenas distâncias, cerca de 20 a 30 minutos nos primeiros dias. Tem que respeitar os limites do seu corpo”, recomenda Marcos Donizete Silva. Ainda é recomendado fazer alongamentos antes e depois das pedaladas. Equipamentos: bicicleta adequada para a atividade. Deve ser adquirida em casas especializadas e requerer orientação de um especialista no setor. O custo médio da bicicleta é entre R$ 700 a R$ 1 mil. “Também não deve se dispensar equipamentos de segurança, como luvas, capacete, óculos, roupa adequada e sinalizadores na bicicleta. Bem como uma garrafinha d’ àgua”, orienta Marcos Silva, que também é proprietário de bicicletaria
Volta de moutain bike
Para os adeptos ou iniciantes nas pedaladas, acontece no dia 23 de janeiro uma a 2ª Volta Mountain Bike Caminho das Águas de Apucarana. A saída ocorrerá do Complexo Esportivo José Antônio Basso (Lagoão), às 7 horas. O percurso terá aproximadamente 40 Km, por estradas rurais, o que exigirá dos participantes bom preparo físico. Não é necessário realizar inscrições, basta comparecer ao local da concentração. O evento é organizado pela secretaria de Esporte e Lazer e Ciclismo Código Pedal e GDM Bike.
GANHOS
Os resultados que se consegue, se pedalar durante:
10 minutos – Melhoria articular.
20 minutos – Reforço do sistema imunitário;
30 minutos – Melhorias a nível cardiovascular.
40 minutos – Aumento da capacidade respiratória
50 minutos – Aceleração do metabolismo.
60 minutos – Controle de peso e ação anti-stress.
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