Petrobras, Banco do Brasil, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Polícia Federal e Correios são apenas algumas das instituições que devem oferecer ou já estão ofertando vagas para concursos públicos no início deste ano. Ao todo, são mais de 40 mil oportunidades em cerca de 60 seleções a nível federal e estadual, além de prefeituras de capitais brasileiras. Para aqueles que não desistem do sonho de conquistar um emprego capaz de unir estabilidade e um salário generoso, há ainda as vagas para o cadastro de reserva.
Em Apucarana, interessados em ocupar uma vaga no serviço público estão buscando cada vez mais apoio de cursos preparatórios. Somente na rede gerenciada no município por Cássio Eduardo Hilário, a procura cresceu cerca de 80% nos últimos cinco anos. “Existe uma mudança de cultura em relação ao preparo para os concursos”, diz.
Ele relata que, além do foco no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os cursos mais requisitados são os voltados às provas do INSS e Polícia Federal. “As aulas são por satélite com professores de São Paulo, especialistas que os alunos não teriam acesso na cidade”, comenta.
O gerente de outra unidade que prepara candidatos para a OAB e concursos públicos em Apucarana, Celso Santos de Oliveira Neto, assinala que, mesmo com a preparação em sala de aula, os candidatos são orientados a reforçar os estudos em casa.
“O aluno tem ainda acesso ao conteúdo estudado pelo site, mas deixamos claro que o que se aprende na escola pode não ser suficiente”, alerta ele, ao lembrar que os concursos públicos exigem dedicação.
Segundo Neto, jovens com idade entre 23 e 28 anos ainda são maioria entre o público que se prepara com a rede para tentar ingressar no funcionalismo público. “A segurança no emprego é o que mais os atrai”, define.
O advogado Alício Fernandes Gracioli, no entanto, é um dos que, mesmo formado há aproximadamente 10 anos, continua investindo para ter uma carreira mais promissora. No final de 2009, ele iniciou um curso preparatório para o concurso de delegado da Polícia Civil.
“Além de estudar para a prova, me mantenho atualizado na área de processo penal”, observa ele, que não arrisca fazer concurso sem a devida preparação. “Não adianta prestar sem estudar. Com a concorrência de hoje, não há chances para paraquedistas”, pontua.
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