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Combativo e polêmico, Kirchner foi alvo de denúncias

Deputado federal, secretário-geral da União das Nações Sul-americanas (Unasul), presidente do Partido Justicialista (peronista) e virtual candidato à sucessão de Cristina Kirchner no ano que vem. Néstor Kirchner acumulava todas essas posições. Ao longo

Da Redação

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 Ao longo dos últimos sete anos, Kirchner marcou a política argentina com a estratégia de "bater e depois negociar".
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Ao longo dos últimos sete anos, Kirchner marcou a política argentina com a estratégia de "bater e depois negociar".
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Publicado em 28.10.2010, 08:47:00 Editado em 27.04.2020, 20:55:43
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Deputado federal, secretário-geral da União das Nações Sul-americanas (Unasul), presidente do Partido Justicialista (peronista) e virtual candidato à sucessão de Cristina Kirchner no ano que vem. Néstor Kirchner acumulava todas essas posições. Ao longo dos últimos sete anos, Kirchner marcou a política argentina com a estratégia de "bater e depois negociar". Era o chamado "Estilo K".

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Kirchner utilizou essa fórmula nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os credores privados, as empresas privatizadas de serviços públicos, militares, ruralistas, mídia, Igreja Católica, partidos da oposição, redes de supermercados, companhias de combustíveis, exportadores de carne bovina e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entre outros.

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A fórmula lhe rendeu um grande número de inimigos. Mas também lhe permitiu acumular poder e popularidade nos setores da centro-esquerda. A hegemonia kirchnerista foi acompanhada de uma série sem precedentes de escândalos de corrupção. Kirchner foi acusado de enriquecimento ilícito, de favorecer empresários amigos e de negócios obscuros com o governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez. Facilmente irritável com os grupos não alinhados ao seu governo, Kirchner aplicou forte pressão contra a mídia que criticava sua gestão.

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Presidência

Em 2003 Kirchner foi às urnas no primeiro turno das eleições presidenciais e ficou em segundo lugar, com 22% dos votos. Seu rival, Menem ficou em primeiro, com 24%. No entanto, nas semanas seguintes, durante a campanha para o segundo turno, as pesquisas indicavam que ao redor de 70% dos eleitores votariam em Kirchner como um voto anti-Menem. "El Turco", como Menem era chamado popularmente, desistiu do segundo turno eleitoral.

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Dessa forma, com menos de um quarto dos votos, Kirchner foi empossado presidente. Ele foi o presidente menos votado da história argentina. Tudo indicava que ele seria um presidente fraco, sem poder próprio, que dependeria de seu padrinho Duhalde. No entanto, no primeiro ano e meio de seu governo conseguiu desvencilhar-se da imagem de "marionete" ao criar uma esfera própria de poder.

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Em 2007, "El Pinguino" (o Pinguim), como era chamado, estava no auge de seu poder. Ele tinha a obediência de 19 dos 23 governadores, controlava o Senado, a Câmara de Deputados, tinha influência na Corte Suprema de Justiça e contava com o respaldo da maior parte da mídia argentina. Com o poder no apogeu, tomou a decisão inédita no mundo de colocar sua própria mulher como candidata à sucessão presidencial. Com seu respaldo e toda a máquina do governo, elegeu Cristina Kirchner.

Nos primeiros meses de 2008, diversos setores começaram a exibir resistência à política dos Kirchners. Primeiro foram os ruralistas, que deslancharam uma série de greves. Depois foi o próprio vice de Cristina, Julio Cobos, que rompeu com os Kirchners e se transformou em presidenciável. Na sequência, Kirchner intensificou seus ataques aos meios de comunicação e deflagrou uma guerra pessoal contra o Grupo Clarín, a maior holding multimídia da Argentina.

No ano passado, Kirchner sofreu uma derrota histórica ao perder as eleições parlamentares na Província de Buenos Aires para o empresário Francisco De Narváez, um novato na política. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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