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Nova mania toma conta dos carros

  Os adesivos da família viraram febre nacional. É só observar por alguns minutos o trânsito para perceber a nova mania colada na traseira dos veículos. Pai, mãe, filhos, avós e até animais de estimação estão todos representados por simpáticos bonequ

Da Redação

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Adesivos representam toda a família e até os animais de estimação
Icone Camera Foto por André Henrique Veronez
Adesivos representam toda a família e até os animais de estimação
Escrito por Da Redação
Publicado em 30.08.2010, 10:51:00 Editado em 27.04.2020, 20:57:57
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Os adesivos da família viraram febre nacional. É só observar por alguns minutos o trânsito para perceber a nova mania colada na traseira dos veículos. Pai, mãe, filhos, avós e até animais de estimação estão todos representados por simpáticos bonequinhos. A confecção dos adereços começou em 2007, mas foi neste ano que caiu no gosto popular.

A ideia surgiu com o empresário catarinense do setor gráfico Rogério Manoel Raulino, 45 anos, de Florianópolis (SC). “Já tínhamos linhas de adesivo feminino e masculino, mas queríamos fazer algo do bem e que não fosse religioso. Foi quando imaginei um adesivo que representasse a família. Então, pedi para o meu filho Rodrigo colocar minha ideia no papel - ele é o arte-finalista da gráfica”, conta. A primeira família que ganhou versão no adesivo foi a do próprio empresário. O desenho trazia Raulino com a esposa Verônica, 45 anos, o filho Rodrigo, 21 e as filhas Caroline 15, Marina 13, e os cachorros Preta e Pitoco.

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A primeira edição foi feita em vermelho, depois na tonalidade azul. “Algumas pessoas começaram a pedir, mas ainda era pouco. Só quando fizemos no preto e no colorido as vendas deslancharam. Hoje temos os ‘bonequinhos’ em vários estilos e cores. O cliente tem a opção de escolher a figura que mais se assemelha com os familiares. O resultado é uma família personalizada”, afirma o empresário.

A mania se tornou o principal produto confeccionado na gráfica de Raulino. Ele trabalha com serigrafia há 22 anos. “Antes trabalhávamos em 8 pessoas. Atualmente, precisei contratar mais 13 funcionários para conseguir atender à demanda, além de 7 pessoas que prestam serviço para a empresa”, ressalta. Ele acrescenta que já lançou no mercado o chaveiro da família. “Também está sendo muito procurado”, frisa.


DIREITO AUTORAL

De acordo com Raulino, seu produto mal começou a fazer sucesso e já começou a ser falsificado. “É grande o número de empresas que estão copiando o nosso projeto”, diz. Entretanto, ele alerta que todos os desenhos são registrados. “Precisei contratar uma equipe para notificar todas as pessoas ou empresas que estão produzindo ou comercializando as figuras iguais ou parecidas sem autorização”, avisa.

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Febre vira oportunidade de renda


A vendedora Mônica Cristina Vicente da Silva, 26 anos, de Apucarana, conheceu os adesivos da família em agosto de 2009, em Florianópolis (SC). “Fui passar uns dias na casa da minha mãe e vi os adesivos. Achei muito bonitinhos e já escolhi logo o que representasse a minha família”, recorda. A figura no porta-malas do carro simboliza Mônica e o esposo, o empresário Moacir Amado da Silva, 27 anos, o filho marcos Felipe da Silva, 6, e os cachorros Lupi e Mel.

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De acordo com Mônica, quando retornou de viagem, algumas pessoas ficaram interessadas na novidade. “Pensei que seria uma boa oportunidade de negócio. Entrei em contato com a empresa em Florianópolis e, desde janeiro de 2010, represento a marca na região Norte do Paraná”, assinala. Segundo ela, a venda dos adesivos ajuda a complementar a renda familiar.


Os mais procurados, conforme a vendedora, são os nas cores preto e branco. “A procura aumentou bastante depois de abril. Sempre estão chegando novidades e, com isso, um número maior de pessoas se identifica com as figurinhas e opta por colá-las no carro”, assinala.

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Para Mônica, os adesivos são uma maneira saudável de homenagear a família. “É um jeito de dizer o quanto seus familiares são queridos. Sei também que algumas pessoas mal intencionadas podem até usar isso como informação a mais sobre a família, mas acredito que os adesivos não são determinantes para um criminoso agir ou não”, avalia Mônica.

Família se rende aos adesivos

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A dona de casa Flávia Roberta Aguilar, 39 anos, de Apucarana, também se rendeu à novidade. Há cerca de 4 meses, ela e o esposo, o empresário Laércio Aguilar de Abreu, 50 anos, e os filhos Victor Hugo, 12 e Igor Elias Aguilar, 8, foram escolher as figurinhas para colar na parte traseira do carro. Os animais de estimação da família também foram lembrados: os cachorros Dog e Neguinha, a gata Fiona, dois periquitos e um canarinho.

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“Quando comprei nem pensei que pudesse ser um indicativo para bandidos. Estive recentemente conversando com minha família sobre isso e decidimos que não vamos retirar o adesivo”, comenta Flávia. Para ela, a figura da família não contém informação suficiente para alguém arrombar a casa ou planejar um falso sequestro. “Quem te vê no trânsito não sabe onde você mora e se aquelas pessoas moram juntas ou não. Quem quer cometer algum crime vai investigar mais a fundo a família”, analisa.



Novidade pode facilitar ação de criminosos

Embora aparentemente inofensivos, os adesivos da família podem funcionar como mais um agente facilitador da criminalidade. O alerta é do cabo da Polícia Militar Kleber Aguiar, 45 anos, que há 24 anos atua na corporação. Segundo ele, as figuras coladas na traseira dos veículos permitem um conhecimento prévio para os bandidos. “Na rua, o criminoso olha para o carro e já sabe quantas pessoas têm em casa, se há cachorro, gato ou qualquer outro animal”, explica.

O policial, que presta serviços na Patrulha Escolar, explica que os adesivos mais perigosos para a segurança da família são os que trazem nomes estampados. “Camila a bordo, Pedro a bordo ou aqueles com o símbolo do colégio, da faculdade e da empresa em que a pessoa trabalha não são recomendados, porque estas informações podem ser usadas para simular um falso sequestro,” exemplifica o militar.

Aguiar aconselha também a não expor informações pessoais em redes sociais, como Orkut e Facebook. “Manter a privacidade é um jeito de preservar a integridade da família em segurança”, pontua.

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