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Sem-teto protestam em terminal de Cumbica contra reintegração de posse

MARTHA ALVES DE SÃO PAULO, SP - Um grupo de sem-teto ocupa desde as 23h de segunda-feira (9) a asa B do terminal 1 do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo). Segundo a Polícia Militar, ao menos 200 pessoas ocupam o espaço e

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.02.2015, 05:29:00 Editado em 27.04.2020, 20:03:05
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MARTHA ALVES
DE SÃO PAULO, SP - Um grupo de sem-teto ocupa desde as 23h de segunda-feira (9) a asa B do terminal 1 do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo).
Segundo a Polícia Militar, ao menos 200 pessoas ocupam o espaço e protestam contra a reintegração de posse nesta terça de um terreno ocupado pelo grupo na estrada Elenco, próximo ao aeroporto.
Por volta das 4h, o grupo caminhava protestando e exigindo a presença do capitão da PM responsável pela reintegração. Eles querem um prazo de um mês para tentar negociar a compra do terreno.
"Família unida jamais será vencida" gritava o grupo enquanto parava em frente ao check-in de uma companhia aérea. Alguns seguravam cartazes com a frase "a constituição nos garante direito a moradia".
Artur Carlos Rocha, um dos líderes do grupo, disse que a reintegração de posse do terreno de aproximadamente 250 mil metros quadrados esta programada para as 6h desta terça.
Segundo Rocha, três mil famílias de sete nacionalidades moram há um ano e oito meses em casas de madeiras construídas no terreno. São brasileiros, índios e pessoas vindas da Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina.
A boliviana Diana Vasquez, 30, é uma das moradoras da ocupação. Desempregada e com dois filhos --de 8 e 4 anos-- para criar sozinha, ela diz que ocupar o terreno foi a única alternativa que teve para não morar na rua. "Sofri um acidente de carro, não tinha trabalho nem como pagar aluguel. Construí uma casa de madeira com um cômodo onde vivo com meus filhos", disse.
Segundo Rocha, o terreno pertence a um empresário que aceitou vender em uma primeira oferta por R$ 70 milhões. Após negociações, baixou para R$ 35 milhões, mas o grupo oferece R$ 6 milhões.
"Temos que negociar dentro do que as famílias podem pagar", explica.

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