Esta semana, a Copel irá substituir transformadores instalados às margens do Lago Jaboti, em Apucarana, por equipamentos que utilizam óleo vegetal biodegradável como material isolante, em lugar do óleo mineral derivado do petróleo.
A ação faz parte de um projeto que contempla a troca de 250 equipamentos em todo o Estado, priorizando reservas ecológicas, áreas próximas a lagos e rios, além de parques, praças e zoológicos. O município é o primeiro do Norte do Estado a receber os transformadores.
Com este trabalho, a empresa terá a oportunidade de ampliar a amostra desses equipamentos em sua malha de distribuição, que até o início do ano contava com 86 transformadores isolados a óleo vegetal. O gerente de obras e projetos da Copel em Apucarana, Marcos Roberto Pereira, explica que esses transformadores vem sendo instalados pela empresa desde 2010.
“Apucarana é a primeira cidade a receber esses equipamentos no norte do Paraná. Já foi instalado um no Parque da Redenção e outros sete estão sendo colocados no entorno do Jaboti”, afirma.
O uso do óleo vegetal tem uma série de vantagens, segundo afirma a Copel. Uma delas está relacionada à segurança, pois o óleo vegetal tem ponto de combustão mais elevado que o do óleo mineral, praticamente eliminando o risco de explosão ou incêndio no transformador: a combustão do óleo mineral se dá entre 150 e 160 graus C, enquanto a do vegetal passa dos 300 graus C.
Mas a principal vantagem é a convivência com o meio ambiente, conforme detalha o diretor da Copel Distribuição, Vlademir Santo Daleffe: “O óleo mineral exige um tratamento cuidadoso na armazenagem, transporte e manipulação, enquanto o óleo vegetal se decompõe na natureza, o que o torna um componente muito mais sustentável”, afirma.
DESENVOLVIMENTO
A concessionária investe atualmente em um projeto de pesquisa sobre uma nova variável do fluido, que poderá ser aplicada não só em transformadores, mas também em outras peças, como reguladores e disjuntores.
O projeto, orçado em R$ 3,5 milhões, testará a extração de óleo do crambe, uma planta originária da Etiópia e que pode se constituir numa alternativa economicamente viável de cultivo de inverno no Sul do Brasil, na forma de cobertura vegetal e rotação de cultura. Estudos preliminares indicam que o crambe produz até 33% de óleo bruto, contra 18% da soja, um rendimento muito superior, portanto. A pesquisa é desenvolvida no laboratório de processamento e refino de óleos vegetais e oleoquímica da Faculdade Assis Gurgacz (FAG), de Cascavel.
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