O secretário da Fazenda do Estado do Paraná, Luiz Carlos Hauly, afirmou nesta terça-feira (28), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que o governo estadual terá que gastar menos e realocar recursos para a folha de pagamento para honrar o reajuste de 6,49% no salário dos servidores, em cota única.
Inicialmente, o reajuste salarial para o funcionalismo estadual seria concedido em duas parcelas. O parcelamento chegou a ser aprovado em primeira discussão, porém, diante da insatisfação dos servidores e de alguns protestos, o projeto de lei foi retirado de pauta, adiando a segunda votação até que o governador voltasse da viagem oficial que fez para Croácia, Rússia e França. Houve, inclusive, pedidos da base aliada para que o reajuste fosse pago integralmente.
Hauly afirmou que chegou a aconselhar o governador Beto Richa (PSDB) para manter o reajuste em duas cotas. “É um problema nosso, do governo, com a secretaria de Planejamento, da Fazenda e a Procuradoria”.
O secretário foi até o legislativo estadual para expor oficialmente o balanço das contas do Governo do Paraná no primeiro quadrimestre deste ano. Depois da apresentação dos números, o secretário foi sabatinado pelos deputados.
Apesar de anunciar que a arrecadação de impostos no Paraná cresceu 13,79% , quando comparada ao mesmo período de 2012, Hauly disse que a gestão passa por um momento delicado. Contudo, ele nega que o caixa esteja em déficit. “Temos dificuldade financeira. Não temos déficit orçamentário”, complementou. O secretário informou que a receita líquida do estado é de quase R$ 25 bilhões.
“A receita e a despesa do quadrimestre estão empatadas. Não temos nenhuma folga. A receita cresce, tomara Deus que cresça como cresceu”, afirmou.
O secretário voltou a destacar a redução dos repasses federais para o Paraná e acrescentou que o estado terá que readequar o orçamento até o fim do ano para honrar todos os compromissos.
As informações são de matéria da jornalista Bibiana Dionísio, do G1 PR
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