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Fátima Amorim e as mensagens além da vida

Oito anos depois de sua morte, o mito em torno do mineiro Chico Xavier permanece vivo e forte. Para celebrar o centenário de seu nascimento, a Globo Filmes e a Sony Pictures lançam no dia 2 de abril “Chico Xavier, o Filme”, que vai contar a história do

Da Redação

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 Fátima Amorim, 52 anos, espírita: “Quando criança, eu falava em seis idiomas e não suportava viver nessa época”
Icone Camera Foto por Sérgio Rodrigo
Fátima Amorim, 52 anos, espírita: “Quando criança, eu falava em seis idiomas e não suportava viver nessa época”
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.03.2010, 07:47:00 Editado em 27.04.2020, 21:05:30
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Oito anos depois de sua morte, o mito em torno do mineiro Chico Xavier permanece vivo e forte. Para celebrar o centenário de seu nascimento, a Globo Filmes e a Sony Pictures lançam no dia 2 de abril “Chico Xavier, o Filme”, que vai contar a história do maior médium espírita do século XX. Com um orçamento de R$ 7 milhões de reais, o longa é um dos mais caros já produzidos no Brasil.
Baseado no best-seller “As Vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior, e dirigido pelo Daniel Filho, o filme narra a trajetória de vida do garoto pobre do interior que perde a mãe aos 5 anos, é maltratado na infância e começa a ver espíritos. Tempos depois, passa a escrever livros que seriam ditados por grandes nomes da literatura já mortos e ganha projeção nacional ao psicografar mensagens de pessoas que já morreram para parentes inconsoláveis. Lança mais de 400 obras literárias, que vendem 50 milhões de exemplares, mas doa tudo para a caridade. Sem boa saúde, trabalha sem parar e vive de seu salário do Ministério da Agricultura até morrer. Sem ser católico, quase vira um santo.

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Para quem acha tudo isso bobagem, a apucaranense Fátima Amorim, 52 anos, adepta da doutrina espírita, garante que todas as pessoas são médiuns, ou seja, podem sentir, de alguma maneira, a presença dos espíritos. Segundo ela, essa faculdade é inerente ao ser humano e não constitui privilégio de ninguém, pois todas as pessoas possuem mediunidade, mesmo que em "estado rudimentar". “A diferença é que algumas buscam o conhecimento sobre o assunto e outras não”, explica.
PRIMEIRO CONTATO
Fátima, que trabalha como estilista e modelista, conta que o seu primeiro contato com os espíritos foi aos 5 anos. “Eu tinha ido buscar algumas frutas com minha irmã e estava do lado de fora da casa, na varanda, quando vi os pés de alguém pisando na lama, sem se sujar. Era uma pessoa baixa e gorda, que tinha o corpo coberto por um lençol muito branco. Eu só conseguia ver seus pés e um pouco das pernas”, relata. A médium acrescenta que, ao contrário da irmã, não sentiu medo. “No outro dia, recebemos a notícia de que uma tia havia morrido em Tupã e, então, tive certeza que era ela quem tinha aparecido para mim” conta.
A estilista afirma que a tia falecida a acompanha e orienta até hoje, sendo um de seus mentores espirituais (espécie de anjo protetor). “Quando criança, eu falava em seis idiomas de vidas passadas e, até os 18 anos, não suportava viver nessa época, por ter muitas lembranças de outras vidas”, comenta.
Aos 20 anos, Fátima descobriu o dom da psicografia, técnica utilizada pelos médiuns para escrever um texto sob a influência de um espírito. “Em todo lugar existe espírito. Toda hora vejo e ouço. Para psicografar, só é preciso ouvir o que eles têm a dizer e escrever, mais nada”, resume, com naturalidade.
PEDIDO DE AJUDA
A mediunidade também aflorou de maneira inusitada na vida de Leni França, 35 anos, de Apucarana. A auxiliar de escritório se tornou adepta da doutrina espírita há cerca de 5 anos, depois de sonhar com uma jovem supostamente desaparecida. “Ela me pedia para avisar seus pais que estava morta”, revela Leni, acrescentando que a garota tinha 23 anos, era de Belo Horizonte e dizia ter sido assassinada pelo namorado.
Em um dos sonhos, a moça também teria informado a Leni o número do telefone da casa dos pais. “Alguns meses depois, encontrei na internet o blog da menina com o mesmo número do telefone que ela havia passado”, diz. A partir daí, Leni diz que começou a frequentar as sessões espíritas do Grupo Irmã Maria, que se reúne todas as sextas-feiras e, às segundas, ajuda mães que perderam seus filhos. “Foi lá que tirei todas as dúvidas sobre o que deveria fazer, mas as pessoas mais experientes do grupo me instruíram a não me meter na história, pois os pais da menina poderiam não acreditar”, comenta.
Há cerca de um ano, a auxiliar de escritório perdeu o irmão em um acidente de moto. Meses depois, recebeu uma carta psicografa por um médium com a letra dele. “Nela estava escrito o salmo 191, que ele havia lido dias antes de morrer”, afirma Leni. E conclui: “Estas e outras experiências me fazem ver o quanto é real e importante o espiritismo e a psicografia na vida das pessoas”.

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