Além de fornecer alimentos, agora as plantas poderão salvar vidas. Cientistas da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, ensinaram proteínas de plantas a mudar de cor (do verde para o branco) quando estiverem na presença de alguns produtos químicos, como bombas e poluentes.
Os pesquisadores criaram um programa para manipular o mecanismo de defesa natural da planta, ensinando seus receptores a reagir da mesma forma a produtos químicos encontrados em explosivos e em poluentes presentes no ar e na água. Esses receptores foram modificados para funcionar nas plantas e direcionados para sua parede celular, onde conseguem reconhecer poluentes ou explosivos no ar ou no solo próximo a elas.
A planta detecta a substância e ativa um sinal interno que faz com que as folhas verdes fiquem brancas. As habilidades de detecção dessas plantas são parecidas ou até melhores que as dos cachorros, explicou Medford.
A ideia funciona porque as proteínas receptoras do DNA da planta reagem naturalmente a estímulos ameaçadores liberando substâncias químicas (chamadas terpenoides) para engrossar a cutícula da folha, mudando sua cor.
Essa reação defensiva formou a base para a pesquisa de detecção de explosivos realizada em conjunto pelo biólogo June Medford, da Universidade do Colorado, e pelo Pentágono, sede do departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Segundo o pesquisador, “as plantas não conseguem correr ou se esconder de ameaças, por isso desenvolveram sistemas sofisticados para detectar e reagir ao ambiente”.
Medford e sua equipe receberam recentemente uma verba de R$ 16,28 milhões (US$ 9,7 milhões) de uma agência americana de redução de ameaças para adaptar a descoberta ao mundo real.
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