MAIS LIDAS
VER TODOS

Entretenimento

SP quer pessoas para testar vacina contra a Aids

A Secretaria de Saúde paulista busca 25 voluntários para testes clínicos de fase 1 de duas vacinas que ajudarão a pesquisa internacional de combate ao HIV. O estudo é uma parceria entre o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, órgão ligado à secr

Da Redação

·
Imagem Ilustrativa
Icone Camera Foto por Arquivo
Imagem Ilustrativa
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.01.2011, 10:41:00 Editado em 27.04.2020, 20:52:39
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

A Secretaria de Saúde paulista busca 25 voluntários para testes clínicos de fase 1 de duas vacinas que ajudarão a pesquisa internacional de combate ao HIV. O estudo é uma parceria entre o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, órgão ligado à secretaria, e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Os interessados devem ter entre 18 e 50 anos, serem saudáveis e não infectados. Entre os homens, é necessário ser circuncidado. Já as mulheres não podem estar grávidas ou amamentando.

continua após publicidade

As vacinas não servirão para prevenir pessoas do vírus. Serão aplicadas nos participantes para testes de eficiência, com os resultados a serem compartilhados com uma rede mundial de testes de vacinas conhecida como HIV Vaccine Trials Network (HVTN), sediada nos Estados Unidos e financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), conjunto de órgãos ligados ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos norte-americano.

continua após publicidade

São Paulo irá participar de um estudo que ainda contará com outros 75 voluntários nas cidades de Lausanne, na Suíça, Iquitos e Lima, ambas no Peru. Cada município vai selecionar 25 participantes. Do total de 100 pessoas, 50 delas vai receber uma das vacinas. Na outra metade, será aplicada a outra. A coordenação geral do estudo será feita pelo médico infectologista Esper Kallás, da Faculdade de Medicina da USP.

continua após publicidade

Os voluntários passarão por avaliação médica, terão o sangue e a urina coletados e irão responder a questionários sobre práticas de exposição ao HIV. Segundo a Secretaria de Saúde paulista, os interessados devem residir na capital ou na região metropolitana.

Os resultados só serão conhecidos daqui a dois anos, no mínimo. Para se inscrever, os interessados devem procurar a Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV pessoalmente, na sede do CRT DST/Aids. O local fica na Rua Santa Cruz, nº 81, na zona sul da capital paulista. O contato pode ser feito também pelo telefone (011) 5087-9915 e pelo e-mail vacinas@crt.saude.sp.gov.br.

continua após publicidade

Adenovírus 5

continua após publicidade


As imunizações são feitas com o adenovírus 5, conhecido por causar, normalmente, resfriados nas pessoas. O micro-organismo é manipulado em laboratório para receber "pedaços" de HIV, que não são suficientes para gerar o vírus causador da Aids. O laboratório responsável pela produção do material é o Vaccine Research Center, ligado ao governo norte-americano.

Os segmentos de HIV no adenovírus 5 servem apenas para despertar uma resposta do sistema de defesa do corpo humano e não representam risco de contágio, segundo a equipe responsável pela pesquisa no Brasil.

continua após publicidade

Em entrevista ao G1, o coordenador-adjunto do CRT DST/Aids, Artur Kalichman, afirmou que o objetivo do estudo não é o de descobrir uma substância a ser empregada em testes de fases clínicas mais avançadas, mas saber qual é a medida certa para inserir informações genéticas do HIV no adenovírus.

"É como se fossem dois 'cavalos de Troia', um com mais pedacinhos, outro com menos. No final da pesquisa, iremos saber apenas se a resposta imunológica do corpo é maior quando submetido a um volume maior de informações genéticas do HIV ou a volume menor", explica o médico. "Com essa informação, outras vacinas poderão utilizar a 'medida certa' de informações genéticas do vírus, a que terá o melhor desempenho no organismo humano."

Este tipo de técnica é uma das muitas para pesquisas com o vírus causador da Aids. "O HIV em si nunca é usado, nem morto, nem atenuado", explica Artur. "Às vezes, nós comparamos a vacina em questão com placebos, mas no caso dessa pesquisa nós queremos saber qual das duas é a mais eficiente."

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Entretenimento

    Deixe seu comentário sobre: "SP quer pessoas para testar vacina contra a Aids"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!