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O Diário de Fiuk: leia trechos da biografia do ator e cantor

Um menino extremamente carente da presença do pai na infância, chorão e com nome de príncipe. Essas são algumas das peculiaridades que vão estar presentes no livro “Fiuk – Diário do Fiuk”, que a Creative Books lança no dia 30 de novembro. O livro, bi

Da Redação

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 O díario foi escrito pelo próprio ator e cantor
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O díario foi escrito pelo próprio ator e cantor
Escrito por Da Redação
Publicado em 29.11.2010, 09:13:00 Editado em 27.04.2020, 20:54:36
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Um menino extremamente carente da presença do pai na infância, chorão e com nome de príncipe. Essas são algumas das peculiaridades que vão estar presentes no livro “Fiuk – Diário do Fiuk”, que a Creative Books lança no dia 30 de novembro.

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O livro, biografia escrita em formato de diário pelo próprio ator e cantor, pretende ser um presente para as fãs ao revelar momentos de intimidade do ídolo, fotos inéditas e detalhes da infância do líder da Banda Hori. O site EGO teve acesso a alguns trechos do diário de Fiuk. Confira!

Relação com Fábio Jr. na infância
“Morria de saudades do meu pai, sentia falta. Ele fazia, sei lá, 150 shows por ano, a gente quase nunca se via. Essa vida longe de casa e da família deu no que deu, meus pais se separaram quando eu ainda era bem pequeno: o processo de separação começou quando eu tinha apenas um ano e meio e se estendeu até os meus dois anos e meio. Já garoto, eu via os meus amigos com o pai por perto, sempre presente, tipo paizão que se preocupa com tudo, e não entendia por que comigo era diferente. Nunca tive uma relação de pai e filho quando criança... Quando via pai e filho andando de bicicleta, brincando na piscina, eu ficava olhando aquilo e me sentia triste... Meu pai estava sempre trabalhando, não tinha troca nenhuma de carinho. Eu tinha um pai, mas não tinha, porque só o via uma vez por mês, a cada dois meses. Claro que isso acontecia por causa da carreira dele, agora eu entendo. E hoje tenho uma relação linda com ele. Hoje meu pai é de ouro.”

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Bronquite emocional
“Quando eu tinha uns sete, oito anos, comecei a ter crises muito fortes de bronquite asmática. Era pela falta que sentia do meu pai. Então, durante o pouco tempo em que ficávamos juntos, eu o incluía em todas as minhas atividades: chamava meu pai para me ver brincando, queria estar perto, andar ao lado dele, o tempo todo. Teve uma cena que me marcou. Um dia, tive uma crise de bronquite e já estava dentro da ambulância, pronto pra ir pro hospital, quando meu pai chegou. Saí correndo na direção dele, até esqueci que estava com soro no braço e tudo. Quando me dei conta, já estava bem. Foi quando eu disse: ‘Pai, você é meu remédio’.” Fiuk, o dono do zoológico.


“Eu me lembro de ser daquele tipo de moleque que não para quieto. E
sempre fui muito mimado. Fui o que mais trabalho deu para a família, e ainda assim fui o mais mimado, engraçado isso. Ganhava presente demais. Nossa Senhora! Mas ganhava da minha mãe. Porque do meu pai, se não estudasse, não tinha conversa. Minha mãe era outra história, me dava tudo que eu quisesse. Numa época, eu devia ter uns oito ou nove anos, quis ter bichos de estimação. Aí tive de tudo: chinchila, coelho, peixe, cachorro, tartaruga, pássaros... Cheguei a ter quarenta pássaros em casa, em gaiolas enormes.”

Assim nasceu Fiuk
“Quando era moleque, minha mãe tentou que eu fizesse esportes. Fui fazer natação, não curti. Futebol também não curti muito, nem judô, nem tênis e nem nada. Fui fazer hipismo, não deu certo. Mas minha irmã Krysia era muito boa no hipismo, ganhou vários prêmios. Eu ia sempre com ela à hípica. Lá conheci o Edson. Ele devia ter uns seis anos e ajudava o pai, que trabalhava de jardineiro na hípica. Foi ele que me deu o apelido de Fiuk, porque não sabia falar direito o meu nome. Depois descobri que ‘Fiuk’ soa parecido com a palavra ‘menino’ em húngaro. Olha que louco!”

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Fiuk na Favela
“O Edson foi meu melhor amigo até os quinze anos. Melhor amigo mesmo! Ele morava numa favela. Então, eu pedia pra minha mãe me deixar na hípica e depois fugia com o Edson para a favela. A casa dele era no meio do mato. A gente ficava lá na maior inocência, brincando; pegava manga no pé, comia arroz e feijão numa panelinha toda amassada e não tinha malícia alguma. Quando você é criança não tem maldade, então eu não pensava:’Ai, que nojo!’ ou ‘Estou com medo!’. Pra mim era tudo tranquilo, a família do Edson era gente boa pra caramba. Foi nesse tempo que conheci o mundo sem perceber. Vi como é morar em uma favela e morar em uma mansão. É tudo terra do mesmo jeito, todo mundo é gente do mesmo jeito. Então, nunca liguei pra diferenças sociais.”

Ensinando a ser pai e a ser filho
“Fui pra casa do meu pai com mala e tudo e disse: ‘Vim morar com você!’. Nem lembro se eu o avisei antes. Acho que não, cheguei de repente. E a partir daí começamos a ter uma relação mais profunda de pai e filho. Eu o ensinei a ser pai, uma coisa que ele não sabia. E aprendi com ele a ser filho, porque eu também não sabia direito o que é ser filho. Uma vez, acho que eu tinha uns treze anos, decidi fazer uma tatuagem. Avisei meu pai, e ele só falou o seguinte: ‘Você é quem sabe. Mas pense bem: você vai ter de passar o resto da vida com isso no seu corpo’. Ele deu um toque, disse que no dia seguinte eu podia mudar de ideia e me arrepender. E não é que deu certo? O papo me convenceu e desisti de fazer a tatuagem.”

Nome de príncipe (trecho escrito pela mãe de Fiuk, Cris)
“Voltei correndo pra casa e, quando cheguei, minhas duas filhas estavam na cama do quarto de casal, assistindo ‘A Bela Adormecida’. Interrompi o desenho e contei que elas iam ter um irmãozinho, e que agora era a vez delas de escolherem um nome para o bebê. As duas não tiveram dúvida: ‘Filipe, Filipe! Igual ao príncipe da Bela Adormecida!’. E não teve discussão. Quando Fábio chegou mais tarde, contei a ele, e sua reação foi: ‘Se elas escolheram, então vai ser Filipe!’ E as duas: ‘Igual ao príncipe, igual ao príncipe!’”

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