O consumo regular de bebidas energéticas com altos índices de cafeína favorecem o alcoolismo, de acordo com uma pesquisa feita nos Estados Unidos.
O estudo, baseado em dados de mil estudantes de universidades americanas, concluiu que consumidores frequentes de energéticos bebem álcool mais regularmente e em maior quantidade que os demais, aumentando o risco do vício.
Os consumidores frequentes de bebidas energéticas correm ainda mais risco de sofrer problemas relacionados ao álcool, como desmaios e ressaca, e são mais suscetíveis a se machucar, revela o estudo, liderado por Amelia Arria, pesquisadora da Universidade de Maryland.
O relatório é divulgado em meio a um intenso debate nos Estados Unidos sobre os riscos de bebidas que combinam álcool e cafeína e são especialmente direcionadas aos jovens.
Michigan, Nova York, Oklahoma, Utah e Washington preparam medidas que proíbem bebidas que combinam cafeína ao álcool, do mesmo modo que muitas universidades americanas. Os pesquisadores não se focaram em produtos que têm, na mesma fórmula, o álcool e a cafeína, como no caso do Four Loko, que foi banido nesses locais. Eles analisaram a relação entre o consumo de energéticos não alcoólicos que contêm altas taxas de cafeína (de 50 a 500 miligramas por lata).
Eles questionaram os estudantes sobre certos hábitos nos 12 meses anteriores e descobriram que 10% dos alunos haviam consumido esse tipo de bebida em ao menos 52 dias, o que foi considerado de "alta frequência". Esse grupo também registrou alto consumo de álcool no período (em média em 142 dias).
Mesmo levando em conta outros fatores, como histórico familiar, depressão e problemas de comportamento na infância, o estudo indicou que o consumo semanal ou diário de energéticos está "fortemente associado" ao alcoolismo.
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