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"Não quero me tornar uma Ana Maria , toda cheia de botox, repuxada", diz Renata Fan

Se deixar, Renata Fan se entrevista sozinha. "Faladeira" assumida, ela é uma personalidade peculiar na TV brasileira. Aos 32 anos de idade e no comando de um programa diário sobre futebol, o "Jogo Aberto", na Band, Renata derrubou, sem pegar em armas,

Da Redação

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 Renata Fan garante que vai se aposentar em 2016
Icone Camera Foto por Luciano Trevisan/Fotomídia
Renata Fan garante que vai se aposentar em 2016
Escrito por Da Redação
Publicado em 15.10.2010, 11:19:00 Editado em 27.04.2020, 20:56:13
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Se deixar, Renata Fan se entrevista sozinha. "Faladeira" assumida, ela é uma personalidade peculiar na TV brasileira. Aos 32 anos de idade e no comando de um programa diário sobre futebol, o "Jogo Aberto", na Band, Renata derrubou, sem pegar em armas, uma série de preceitos. Principalmente o de que mulher, e ainda por cima bonita, não poderia assumir uma posição de destaque em um mundo masculino como o do nosso esporte nacional. O salário mensal de R$ 100 mil e a audiência crescente são provas concretas do contrário.

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O trunfo de Renata não é apenas ter chegado lá, mas sim conseguir isso explorando o que seria o impedimento mais óbvio: a estonteante beleza física. “Sou uma pessoa que já se destacou muito pela estética”, conta a Miss Brasil 1999, título do qual a loira de olhos verdes e 1,79m de altura, ao contrário do que se poderia pensar, muito se orgulha. “Foi durante minha carreira como miss que percebi que as pessoas prestavam atenção ao que eu dizia, por isso quis fazer Jornalismo”.

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A carreira de jornalista, no entanto, só aconteceu depois de Renata se formar em outra faculdade, a de Direito. Assim como seu irmão e braço-direito, Rafael, 30, a gaúcha de Santo Ângelo fez o curso para ter a mesma profissão do pai, o advogado Paulo. A mãe, Ana, é professora. “Sempre amei estudar. A vaidade nasceu com o concurso de Miss”, explica ela, que, modesta, garante não se achar linda ou sexy: “Sou uma mulher com certos atrativos”, consente.

DE ROUPA E TUDO

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Constantemente assediada por revistas masculinas, como "Playboy" e "VIP", para ser a estrela de ensaios picantes, Renata garante que jamais aceitará tais convites. O motivo, segundo ela, é simples: “Demorei tanto para fazer os homens me ouvirem e respeitarem o que eu digo e agora vou deturpar tudo para mostrar o corpo?”, indaga.

Nos bastidores do estúdio onde seu programa é gravado, em São Paulo, Renata reina absoluta. Conversa com todos e tem a simpatia de cada um, da camareira ao operador de som. “Ela não é só linda, mas também gente finíssima, um doce, nada estrela”, elogia um dos colegas. “Eles me chamam de Penélope Charmosa”, conta ela, referindo-se à personagem do desenho animado "Corrida Maluca", que, assim como Renata, é linda, loira e única em um mundo dominado pelos homens.

Interessada nos detalhes, cuida do sapato que vai calçar no programa ao seu posicionamento no cenário. “Meu trabalho é tudo pra mim, mas também amo ficar em casa, no meu canto. Meu namorado fez minha vida pessoal ganhar relevância”, diz Renata, sobre o relacionamento de dois anos com o piloto de Stock Car Átila Abreu, 24 anos, oito a menos que ela. “Sem dramas. Falo que ele é um velho em corpo de jovem!”.

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APOSENTADORIA EM 2016


A personalidade forte de Renata, que se diz 'over' e luta para que as coisas saiam do jeito dela, a fez impor um estilo pessoal. "Não quero ser aquela apresentadora de tênis e camisa pólo. Não tenho medo de ser uma patricinha no meio dos homens e falar de futebol”, afirma ela, que também já estabeleceu um prazo para sua aposentadoria: 2016. “Não tenho pretensão de me tornar uma Ana Maria Braga, toda cheia de botox, repuxada, de quem as pessoas riem por tentar parecer tão jovem... Daqui a alguns anos, a TV terá que ter uma mulher melhor que a Renata Fan”.

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Confira o bate-papo da apresentadora com o iG Gente nos bastidores da gravação de seu programa, no estúdios da Band, em São Paulo.

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iG- Como fez para se impor em um ambiente predominantemente masculino?

Renata Fan - Sou supercuidadosa, feminina, canceriana, choro horrores. Trabalhando com homens, quero ser ainda mais diferente. Até hoje tem gente querendo cortar o meu cabelo, mas sempre fui contra: sou uma mulher de quase 1 metro e 80 de altura!

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iG - Já tentaram te podar de alguma forma? Você já cedeu?

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Renata Fan- A primeira coisa que me disseram foi para eu me vestir como uma mulher do esporte, e eu perguntei: ‘Por quê? Eu não jogo futebol, não estou fazendo corrida. Só estou apresentando um programa de esporte’. Sou tudo ou nada. Minhas emoções são muito intensas, se eu tiver que te falar alguma coisa, paro tudo e falo. Preciso de honestidade, odeio quando me falam uma coisa na frente e outra pelas costas.

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iG- É você quem gerencia seus negócios, cuida do dinheiro?

Renata Fan - Não. A única pessoa que trabalha comigo é meu irmão, Rafael, que tem dois anos a menos que eu. Ele é uma cara super tranqüilo, centrado. Eu já sou louca, grito, falo alto, sou mais solta e espontânea. Ele cuida, mas a posição final é minha.

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iG- Como nasceu o amor pelo futebol? Era moleca quando criança?

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Renata Fan - Sempre! Eu cresci em Santo Ângelo, em um bairro que estava se desenvolvendo e tinha muitas construções. Eu pulava do segundo andar em montes de areia, gostava de brincar com os amigos do meu irmão. Eles faziam um campinho e a gente jogava futebol. Eu era árbitra, foi aí comecei a gostar.

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iG- Como foi mudar do interior de Santo Ângelo para São Paulo?

Renata Fan - Quando eu fui Miss Brasil (em 1999), já pensava em São Paulo, sempre preferi a cidade ao Rio de Janeiro, onde ficava a sede do ‘Miss Brasil’. Não sou mulher de ficar indo pra praia, de usar shortinho, jamais vou fazer uma tatuagem. Via que São Paulo era uma coisa muito voltada pro trabalho. Eu morava em uma cidade pequena, ia à farmácia e nem fechava o vidro do carro.

iG- Você tem muitos amigos?

Renata Fan - Não, tenho muitos conhecidos. Eu tenho a capacidade de chegar a um lugar e puxar assunto com qualquer pessoa. Acho que, se você quer ser bem tratada, dê o exemplo. Eu vim do Sul, e lá as pessoas almoçam e jantam na sua cozinha, se reúnem com as famílias pra comer churrasco. Aqui em São Paulo as pessoas se encontram em restaurantes, barzinho, ninguém vai à casa de ninguém. Eu acho isso muito estranho. Até hoje tenho minhas amigas de infância e de adolescência, nossa relação é forte. Aqui eu converso muito com todo mundo, mas percebi que as relações são superficiais. Os mais próximos são da família mesmo. Eu não gosto de me decepcionar com as pessoas.

iG- Você está realizada? Qual seria seu ‘auge’ profissional?

Renata Fan - Eu sou apaixonada por rotina, gosto do feijão com arroz, sou uma pessoa bem básica - sei que isso decepciona as pessoas, mas é verdade. Meu sonho de consumo é trabalhar uma hora por dia, acho que seria o ideal. Mas a Band prefere que eu fique no ar mais tempo, então... Quero fazer o que faço hoje cada vez melhor. Se você está com a oportunidade nas mãos, trabalhando, aproveitando, por que pensando no futuro?

iG- E essa história de aposentadoria precoce?

Renata Fan- Vou parar sim, já tomei a decisão de me aposentar em 2016. Fazer televisão é muito bom, mas é cansativo. Cheguei a um ponto em que trabalho seis vezes por semana há quatro anos, tudo ao vivo, nada gravado. Nunca posso chegar atrasada, tudo deve ser cronometrado, e isso gera um monte de implicações e desgastes. Não tenho pretensão de me tornar uma Ana Maria Braga, toda cheia de botox, repuxada, uma mulher que tenta parecer jovem. Eu sou o que eu sou, tenho a minha idade, não escondo isso.

iG - Em que proporção a beleza te ajudou na vida?

Renata Fan - Não me acho linda e poderosa. Acho sim que tenho uma estica bonita, aquela coisa gaúcha, mas nada excepcional. O que acontece é que a estética tem um poder de encantar qualquer pessoa, as pessoas abrem a porta do carro para você, te convidam para ir aos lugares, você fala com um homem e ele fica babando, sem saber o que fazer. Isso às vezes da uma preguiça mental, as pessoas acham que estão no auge, começam a se desinteressar do mundo. Mulher bonita tem que ler jornal, saber o que acontece no mundo, tem que entender de economia e política internacional, tem que ter um foco. Eu sempre me cuidei, mas sempre encontrei tempo para ler jornal. Estudei muito, fiz duas faculdades. Mas também não sei se é a receita certa, não acho que sou melhor do que ninguém por isso.

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