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Estudo revela que galáxias se "alimentam" de gás frio

Astrofísicos europeus anunciaram, em artigo publicado na edição desta quarta-feira (13) da revista científica britânica Nature, que conseguiram solucionar um mistério sobre o crescimento das galáxias, que a partir de estruturas baseadas em gás frio der

Da Redação

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 Atá a conclusão do novo estudo, a colisão e fusão de duas ou mais galáxias era a melhor explicação para seu crescimento.
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Atá a conclusão do novo estudo, a colisão e fusão de duas ou mais galáxias era a melhor explicação para seu crescimento.
Escrito por Da Redação
Publicado em 14.10.2010, 09:32:00 Editado em 27.04.2020, 20:56:15
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Astrofísicos europeus anunciaram, em artigo publicado na edição desta quarta-feira (13) da revista científica britânica Nature, que conseguiram solucionar um mistério sobre o crescimento das galáxias, que a partir de estruturas baseadas em gás frio deram origem às gigantes de bilhões de estrelas da atualidade.

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Segundo eles, as jovens galáxias se "alimentaram" do gás frio que as cercou depois para dar à luz novas estrelas, abrindo um novo caminho para se compreender a expansão do Universo.

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Análises de luz antiga, conhecida na linguagem astronômica como redshift (desvio para o vermelho, em português), indicam que as primeiras galáxias se formaram há cerca de 13 bilhões de anos.

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Nos primeiros bilhões de anos que se seguiram a origem do Universo, a massa da maior parte das galáxias aumentou consideravelmente e entender como isso ocorreu é uma dos maiores desafios dos astrofísicos.

Até agora, muitos especialistas acreditavam que as galáxias aumentaram de tamanho colidindo e fundindo-se entre si.

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Mas uma teoria diferente argumenta que essa não seria a única resposta. Uma abordagem mais sutil também funcionaria. De acordo com esse argumento, uma galáxia jovem sugaria o gás frio interestelar como matéria-prima para produzir novas estrelas.

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Uma equipe de astrônomos pôs a ideia à prova, usando um espectrógrafo - equipamento que permite fazer a análise de luz - no telescópio europeu VTL (Very Large Telescope), instalado no deserto do Atacama, no Chile.

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Os astrônomos começaram por selecionar três galáxias muito distantes entre si, semelhantes à Via Láctea, com tempo estimado de existência em cerca de 2 bilhões de anos após o surgimento do Universo, certamente que não tenham tido contato com outras galáxias.

Depois, observaram o centro dessas três galáxias com o VTL e perceberam que seu "coração" continha elementos atômicos menos pesados que os de outras, apesar de formar estrelas vigorosamente.

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Inversamente, o centro das galáxias mais próximas da nossa são abundantes em "elementos pesados", ou seja, diferentes dos gases hélio e hidrogênio.

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Os dois gases constituíram a quase totalidade do universo após a origem do Universo e foi a partir dessa matéria-prima que as primeiras estrelas formaram, por fusão nuclear, elementos pesados como oxigênio, nitrogênio, carbono, etc.

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A novidade sugere que a matéria que alimenta a geração de estrelas nas jovens galáxias procedeu do "gás primordial" que as cercava e que continha poucos elementos pesados.

Giovanni Cresci, chefe da equipe de cientistas do Observatório de Astrofísico Arcetri, na Itália, comentou a análise.

- [Os resultados] são a primeira evidência direta de que a adição de gás primitivo realmente aconteceu e que foi suficiente para incentivar uma vigorosa formação estelar e o crescimento de galáxias maciças no jovem Universo.

Segundo o Observatório Europeu Austral (ESO), a descoberta é "a maior prova, até agora, de que as jovens galáxias absorvem gás primitivo" e o utilizam como combustível para dar origem a novas estrelas.

- A descoberta terá um enorme impacto na nossa compreensão sobre a evolução do Universo até os dias atuais. As teorias sobre a formação das galáxias e sua evolução precisam ser reescritas.

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