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Nobel de Medicina vai para criador de método de fertilização in vitro

O professor emérito da Universidade de Cambrigde, Robert Edwards, criador do método para fertilização in vitro, concebido em 1978, recebeu o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2010. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (4) pela Fundação Nobel,

Da Redação

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 A técnica desenvolvida por Edwards permitiu o nascimento de 4 milhões de pessoas desde 1978, segundo informou nesta segunda-feira a Fundação Nobel
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A técnica desenvolvida por Edwards permitiu o nascimento de 4 milhões de pessoas desde 1978, segundo informou nesta segunda-feira a Fundação Nobel
Escrito por Da Redação
Publicado em 04.10.2010, 13:29:00 Editado em 27.04.2020, 20:56:39
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O professor emérito da Universidade de Cambrigde, Robert Edwards, criador do método para fertilização in vitro, concebido em 1978, recebeu o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2010. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (4) pela Fundação Nobel, no Karolinska Institutet, em Estocolmo.

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O trabalho do fisiologista britânico permitiu, até hoje, o nascimento de 4 milhões de pessoas e uma solução para a impossibilidade de ter filhos, problema que afeta entre 1% e 2% dos casais em países desenvolvidos na Europa e no continente americano.


Será concedido a Robert Edwards, de 85 anos, um prêmio de 10 milhões de coroas suecas, equivalentes a quase US$ 1,5 milhão. Os próximos prêmios a serem anunciados são nas áreas de Física, Química, Economia, Literatura e Paz.

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Óvulos podem não dar origem a bebês por motivos genéticos, de má formação do material oferecido pela mulher ou pelo homem. Obstruções ou defeitos no transporte da produção do ovário até as trompas de falópio também dificultam a fertilização.

A técnica de Edwards consiste em retirar um óvulo da mulher e fertilizá-lo com esperma. O ovo fertilizado é colocado de volta no corpo, desta vez no útero. A partir daí, o desenvolvimento do feto é idêntico ao dos demais, com a multiplicação celular gerando tecidos e dando formato ao bebê.

O nascimento da primeira criança pela técnica, Louise Joy Brown, em 1978, na Grã-Bretanha, foi a principal conquista destacada pelo comitê organizador da premiação para premiar Edwards. "Pela primeira vez foi demonstrado que a infertilidade podia ser tratada", disseram os apresentadores da homenagem.

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Jornais suecos divulgaram o resultado horas antes do anúncio oficial da Fundação Nobel, segundo os próprios organizadores do prêmio. Os membros do comitê organizador destacaram que apesar dos problemas éticos, eles resolveram premiar uma descoberta fundamental para a medicina.

No ano passado, o prêmio foi concedido a Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak, pela descoberta da enzima telomerase, responsável pela reprodução das células. O trabalho serviu para a compreensão de como cânceres se proliferam e como funciona o envelhecimento das células no corpo.

Vinte anos de pesquisa


Nascido em 1925, Robert G. Edwards foi militar durante a Segunda Guerra Mundial e estudou biologia no País de Gales e na Universidade de Edimburgo, na Escócia.

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As pesquisas de Robert Edwards sobre fertilização in vitro começaram no final da década de 1950. O fisiologista, inicialmente, estudava o desenvolvimento de embriões em ratos, porém percebeu que seus estudos poderiam levar a uma solução para o problema da infertilidade.

Durante vinte anos, Edwards continuou suas pesquisas, contando com a ajuda do obstetra e ginecologista Patrick Steptoe, lembrado pelos membros do comitê organizador da Fundação Nobel como parceiro do Nobel de Medicina em 2010. Steptoe faleceu em 1988.

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