As rosas podem ter um cheiro melhor do que o de peixe podre, mas o cérebro detecta o segundo odor mais rapidamente e com maior precisão do que o primeiro.
Foi o que revelou um estudo de Johannes Frasnelli, um pesquisador do departamento de psicologia da Universidade de Montreal, no Canadá, realizado em conjunto com colegas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Segundo Frasnelli, “o sistema olfativo reage mais rapidamente e com mais precisão para estimular a sinalização de um perigo potencial”.
- Sabemos que o cérebro detecta uma expressão facial agressiva mais rapidamente do que um rosto sorridente. Essa habilidade nos ajuda a identificar um perigo imediato. Um rosto bravo é um inimigo potencial, pronto para atacar.
Frasnelli e seus colegas queriam saber se o mesmo mecanismo valia também para o cheiro. Segundo ele, “até agora, as experiências só compararam o cheiro de uma comida prazerosa com o de uma desagradável”.
Por isso, Frasnelli e seus colegas criaram uma nova pesquisa, na qual quarenta voluntários tinham que apertar um botão assim que detectassem um cheiro que tivesse a mesma intensidade do anterior.
Os cheiros das comidas comparados eram de laranjas e de peixe podre. Em média, o peixe podre foi detectado em 1.300 milissegundos enquanto os outros cheiros foram detectados em 1.700 milissegundos.
Para os pesquisadores, os resultados mostram que “para um cheiro ser detectado rapidamente ele precisa ser de comida e desagradável”.
Isso foi confirmado pelo fato de que o cheiro de meias sujas foi descrito como mais desagradável do que o de peixe podre, mas os testes não o detectaram tão rapidamente.
Por isso, as mesma medidas de proteção que existem no sistema visual também existem no olfativo. Além disso, tanto os homens como as mulheres reagiram com a mesma rapidez às mesmas ameaças.
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