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Faltam doadores de medula na região

Apesar de soar como alto, o número de doadores de medula óssea cadastrados no Hemocentro de Apucarana ainda é considerado baixo. Ao todo, são 5.959 mil pessoas de 17 municípios pertencentes à 16ª Regional de Saúde que se colocaram à disposição para sal

Da Redação

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Dados dos doadores serão armazenados no cadastro do Redome
Icone Camera Foto por Sérgio Rodrigo
Dados dos doadores serão armazenados no cadastro do Redome
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.09.2010, 08:03:00 Editado em 27.04.2020, 20:57:49
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Apesar de soar como alto, o número de doadores de medula óssea cadastrados no Hemocentro de Apucarana ainda é considerado baixo. Ao todo, são 5.959 mil pessoas de 17 municípios pertencentes à 16ª Regional de Saúde que se colocaram à disposição para salvar uma vida em qualquer lugar do País.

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A assistente social do órgão, Liana Lopes Bassi, explica que a necessidade de mais doadores é constante e se deve à dificuldade em encontrar a compatibilidade nos casos tratados. “A chance de encontrar alguém compatível dentro da família é de 25% a 35% no máximo. Assim, a busca passa a ser feita no universo de doadores cadastrados e pode apresentar chances de até uma em um milhão”, comenta.

O transplante de medula óssea é a única forma de cura para portadores de leucemias e doenças do sangue. Neste contexto, Liana aponta que o cadastramento de mais doadores é essencial para aumentar os índices de compatibilidade. Em Apucarana, entretanto, onde o cadastro e coleta de sangue dos interessados em doar medula são feitos desde 2004, a procura pela comunidade tem caído nos últimos anos.

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Em 2008, 1.540 pessoas se cadastraram como doadoras. Já em 2009, o número caiu para 1 mil e, neste ano, para 320, o equivalente a 68% a menos do que o ano anterior. “Notamos que quando o tema é divulgado na mídia, seja em seriados ou novelas, o interesse em se tornar um doador de medula é maior”, pontua Liana, ao lembrar que a cota mensal de amostras a serem coletadas no município é de 200. “Mas, neste ano, ainda não atingimos isso em nenhum mês”.


Mesmo com a realização de campanhas com entidades, empresas e clubes de serviço da região, o cadastro de doares costuma ser alavancado quando a solicitação é feita por familiares de pacientes. Além disso, a entrada de novos candidatos a doações de medula no Registro Nacional de Doadores de Medula (Redome) costuma esbarrar no desconhecimento sobre o transplante.


“Muita gente ainda tem dúvidas e confunde a medula das doações com a coluna espinhal. Mas, ao contrário do que as pessoas pensam, a medula é retirada dos ossos do quadril, durante um procedimento cirúrgico com punções”, esclarece a assistente social do Hemocentro de Apucarana. O transplante não traz qualquer problema aos doadores.

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Vontade de ajudar o próximo

No Brasil, onde o banco de medula óssea é um dos maiores do mundo, só perdendo para a Alemanha e os Estados Unidos, a dificuldade em encontrar doadores compatíveis se torna mais evidente em função das diferentes características étnicas da população. “Existe uma mistura muito grande, com muitos subtipos”, comenta a assistente social do Hemocentro de Apucarana, Liana Lopes Bassi.

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Apesar disso, uma apucaranense já chegou a ser convocada para doar medula em Curitiba. “Foi um caso de compatibilidade interessante, já que essa pessoa, que prefere ficar no anonimato, se cadastrou em Maringá e anos depois foi chamada para ser doadora”, recorda Liana.

A possibilidade de ajudar a acabar com o drama de quem sofre com o câncer, entre outras doenças, foi o que mobilizou o sargento da Polícia Militar Antônio Brito da Silva, 53 anos, a se cadastrar no banco de medula óssea do Hemocentro de Apucarana. “Além de ajudar quem precisa, podemos, um dia, estar do outro lado, necessitando que alguém também doe para a gente”, defende.

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A assistente social Lúcia Helena Mainardes Rehme, de Arapongas, foi uma das primeiras pessoas a se cadastrar como doadoras de medula no Hemocentro de Apucarana. “Como, a princípio as exigências são menores do que para doar sangue, decidi me cadastrar. Em geral, as pessoas têm medo de fazer isso, pensando no transplante. Mas, sempre digo que a vontade de ajudar quem precisa deve ser maior do que qualquer medo”, sustenta.

Transplantes em Londrina

Na região, o Hospital Universitário (HU) de Londrina está credenciado para fazer transplantes de medula óssea. A liberação por parte do Ministério da Saúde aconteceu no final de agosto. No entanto, a unidade ainda não realizou nenhum transplante. Segundo a assessoria de imprensa do HU, nos dois primeiros anos o hospital realizará apenas transplantes autólogos (do paciente para o próprio paciente).

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Posteriormente, haverá progressão de categoria para a realização de transplante alogênico entre doador e receptor. A unidade Transplante de Medula Óssea (TMO) do HU conta com quatro leitos, dois para transplante e dois pós-operatório. Atualmente, são sete pessoas na fila de espera. Cada tratamento custará cerca de 35 mil reais por paciente.

Em 2009, foram realizados 123 transplantes no Estado. Neste ano, até 30 de junho, foram 101 procedimentos.

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Como doar

Qualquer pessoa, com idade entre 18 e 55 anos e que tenha boa saúde, pode se tornar um doador de medula óssea. Para se cadastrar, o interessado deve procurar o hemocentro mais próximo. Será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas sobre as doações, bem como feita a coleta de uma amostra de sangue para tipagem.

Os dados do doador serão armazenados no cadastro do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), que reúne cerca de 1,750 milhão de brasileiros. A compatibilidade do material coletado sempre é verificada quando surgem pacientes necessitando de doações.

Se houver compatibilidade, o doador é consultado para decidir quanto à doação. Uma vez de acordo com o transplante, ele passa por exames e por um procedimento cirúrgico, feito sob anestesia geral. Toda a internação é paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


SERVIÇO

Hemocentro de Apucarana
Rua Antônio Ostrenski, 3, Centro
Atendimento de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17 horas
Fone: (43) 3420-4200

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