Quem curte cores, arte e design, pode se inspirar com o trabalho da apucaranense Caroliny Frizo. Aos 21 anos, as obras da estudante de Design de Moda, são baseadas na colagem manual de imagens digitais, fotos, recortes de papéis e outros materiais. “É um processo bem intuitivo”, garante.
Em 2015, ela criou o projeto “COOLagem”, que tem rendido bons frutos. Ela mistura imagens de personalidades com elementos da natureza. “É uma forma de me encontrar e de me colocar em apenas um ‘lugar’, a avalanche de imagens que recebemos todos os dias”, avalia. O objetivo do projeto, segundo Caroliny, é manter a mente produtiva, sem se prender a nenhuma estética padronizada e deixar a imaginação fluir.
Desde pequena, Carol, como também é conhecida por familiares e amigos, se destaca pela criatividade. “Minha mãe sempre me estimulou e esse foi o passo primordial”, acredita. Quando era criança, a estudante morou em um bairro afastado e quando ia passear na área central ficava observando os quadros e materiais de pintura expostos em uma loja. “Ficávamos ali observando os quadros de mãos dadas e contentes em ver aquelas obras”, recorda.
Ainda pequena, Carol contou também com o incentivo das avós e da tia avó. “Elas me ensinavam a bordar, fazer biscoitos, tapetes de retalhos e amarrações. Confesso que tive uma infância divertida, criativa e privilegiada”, acrescenta.
Na adolescência, a estudante deixou de lado os trabalhos manuais e se aventurou a jogar vôlei, participar de grupo de teatro, ajudar na criação de figurinos e escrever simples poesias em um diário, no qual a capa ela acredita ter sido o ponto de partida para criar as colagens. “Contei com ajuda também de alguns professores da época, que foram fundamentais”, sublinha.
Além das colagens, Carol já se arriscou em pintar telas e bolsas, e também em fotografias, que ela diz ser uma outra válvula de escape em sua vida. “A arte da fotografia é a maneira que encontrei de sensibilizar aquilo que está posto todos os dias, e que passa despercebido em meio ao caos e a rotina que vivemos”, complementa.
Inspirações
“Eu não tenho uma inspiração específica, um objeto, um estilo, uma planta ou alguém. Acredito que seja um aglomerado de tudo isso e mais um pouco, a minha inspiração surge internamente de maneira abstrata, por influência do externo”, garante. Entre os artistas admirados por Carol estão os brasileiros Ligia Clark e Portinari.
“Acredito que cada ser veio ao mundo para fazer a diferença, e não digo isto me referindo a grandes feitos, a fonte de todas as nossas incertezas, encontram-se dentro de nós. Basta pararmos, respirarmos e colocarmos em prática”, garante.
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