Uma pesquisa do departamento de psicologia da Universidade de Rice, nos Estados Unidos, revelou que quando alguém gosta do vídeo a que está assistindo tende menos a notar a diferença na qualidade da imagem, seja na TV, na internet ou no celular.
Philip Kortum, autor do estudo, e o coautor Marc Sullivan, dos Laboratórios da AT&T, mostraram a cem voluntários 180 trechos de vídeos com qualidades iam de 550 kilobits por segundo até a de um DVD.
Depois de assistir a trechos de dois minutos, os participantes disseram o que acharam da qualidade de cada um e sobre a vontade de vê-los. Os pesquisadores descobriram uma forte relação entre a vontade de assistir ao conteúdo do vídeo e as notas para a qualidade de cada um.
Kortum conta que, no começo, os pesquisadores estranharam os dados revelados. Mas depois perceberam que os vídeos de baixa qualidade tiveram notas mais altas do que alguns de ótima qualidade.
Depois de analisar as informações, eles descobriram que que o que mandava era a qualidade do conteúdo, não da imagem.
- Se você está em casa, gostando do vídeo que está assistindo, provavelmente não vai notar ou mesmo se preocupar com a quantidade de pixels das imagens ou se os dados estão comprimidos.
As descobertas vão contra a crença popular de que as pessoas querem e precisam da melhor qualidade de vídeo possível todo o tempo.
A pesquisa pode ser muito importante para empresas de TV a cabo, de vídeo online e de provedores de conteúdo para que diminuam megabits de compressão e usem a menor quantidade possível de dados.
Segundo Kortum, essa preocupação é essencial não apenas para PCs e aparelhos móveis, como também para produtoras e emissoras de TV à medida que elas transmitem conteúdo de alta qualidade em canais de banda limitada.
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