SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um dos nomes mais emblemáticos da história dos Estados Unidos, Marilyn Monroe protagonizou escândalos, viveu as agruras de uma personalidade complexa e se tornou o maior símbolo de beleza de todos os tempos em sua curta passagem pela vida - ela morreu aos 36 anos.
Mas foram os romances vividos pela atriz, que faria 90 anos nesta quarta-feira (1º), um dos aspectos mais escrutinados de sua trajetória. Sua vida amorosa foi marcada por episódios de ciúme, traição, "affairs" com mega-astros e até com o então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy (1917-1963).
Conheça agora cinco histórias de amor protagonizadas pela maior diva do cinema americano na vida real.
CASAMENTO ARRANJADO - Era uma vez uma adolescente que havia acabado de completar 16 anos quando se viu obrigada a casar-se com o filho de um vizinho, para não voltar a um orfanato.
O primeiro matrimônio da atriz, com James Dougherty (1921-2005), na época com 21 anos, aconteceu quando seu pai adotivo, Doc Goddard, foi transferido para a Virgínia Ocidental. Até então, a família morava na Califórnia -onde as leis impediam que os Goddard levassem a filha para fora do Estado.
O casamento levou Marilyn a abandonar a escola e se tornar dona de casa -condição que detestava, segundo uma biografia lançada em 2001 por Donald Spoto. "Meu marido e eu quase não conversávamos. Isso não acontecia porque estávamos sempre com raiva, nós só não tínhamos nada a dizer. Eu morria de tédio", diz a atriz em uma das entrevistas que estão no livro.
A união durou quatro anos. Reza a lenda que a segunda mulher de Dougherty o proibia de assistir aos filmes da ex.
CURTO E INTENSO - Não era difícil prever que o intenso relacionamento com a lenda do beisebol Joe DiMaggio (1914-1999) estava condenado desde o início. O casamento, selado em 1954, foi devassado pela imprensa e acometido pelo ciúme.
Segundo o livro "Marilyn: The Passion and the Paradox" (Marilyn: a paixão e o paradoxo), de Lois Banner, a cena em que o vento de um respiradouro de metrô esvoaça o vestido branco de Marilyn em "O Pecado Mora ao Lado" (1955), uma das mais icônicas do cinema americano, irritou seu marido e foi determinante para o fim da união, que durou apenas nove meses.
Mas DiMaggio nunca mais saiu de sua vida. Após o término do terceiro casamento da atriz, com o dramaturgo Arthur Miller, ele voltou a se aproximar, tentando salvá-la da depressão e levar alguma estabilidade à vida de Marilyn. Conta-se que, na época, ele chegou a pedi-la em casamento novamente.
O velório da atriz, em 1962, foi organizado por seu ex-marido.
INCOMPATÍVEIS - Um intelectual, dramaturgo vencedor do prêmio Pulitzer de teatro, e uma atriz cuja sensualidade era a mais popular dos EUA. Marilyn e Arthur Miller (1915-2005) foram vistos como um casal "incompatível" pela imprensa americana.
Mas o casamento foi o mais longevo da atriz —durou cinco anos. Por causa de Miller, ela se converteu à religião judaica, o que fez o Egito proibir a exibição de seus filmes, de acordo o livro "The Genius and the Goddess: Arthur Miller and Marilyn Monroe" (O gênio e a deusa: Arthur Miller e Marilyn Monroe), escrito por Jeffrey Meyers.
A união também levou Marilyn a ser alvo de desconfiança do FBI. A agência de investigação americana suspeitava que o casal tivesse ligação com a militância política de esquerda.
NÃO A SINATRA - Dois dos principais nomes da história americana, Marilyn e Frank Sinatra (1915-1998) dividiram sua solidão, juntos em um apartamento -por um tempo, sem nenhuma ligação sexual, conta o livro "A Vida Secreta de Marilyn Monroe", de J. Randy Taraborrelli.
A estrela havia acabado de se separar de Miller e Sinatra, de Ava Gardner. Segundo a biografia, depois de se envolverem amorosamente pela primeira vez, ela curou os problemas de impotência sexual que o cantor enfrentava na época.
A biografia "Sinatra: The Chairman" (Sinatra: o presidente), de James Kaplan, afirma que ele chegou a pedi-la em casamento, mas ela disse não.
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HAPPY BIRTHAY, MR. PRESIDENT - Não se sabe ao certo a duração ou importância do romance entre Marilyn e o então presidente dos EUA, John F. Kennedy.
Embora a história tenha acontecido sob vigilância constante do FBI e CIA, segundo o livro "Marilyn & JFK", de François Forestier, o único episódio acompanhado publicamente foi o sensual "Parabéns a você" que ela cantou ao político dentro de um vestido justíssimo -dizem, costurado em seu próprio corpo. O momento foi transmitido pela televisão para 40 milhões de americanos, cerca de três meses antes da morte da atriz.
O livro "These Few Precious Days. The Final Year of Jack with Jackie" (Estes poucos dias preciosos. o último ano de Jack com Jackie), de Christopher Andersen, conta que Marilyn chegou a telefonar para a primeira-dama, Jackie Kennedy, para dizer que se casaria com seu marido. "Ótimo (...) Eu me mudo, e você fica com todos os problemas", teria dito Jackie.
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