SILAS MARTÍ - SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Diante de uma praça Júlio Prestes lotada, Ney Matogrosso abriu a Virada Cultural deste ano vestindo uma calça legging prateada, um colete de penas pretas e uma peruca metalizada.
Às 18h, o show começou com a canção "Rua da Passagem" e engatou na sequência "Vida Louca Vida", para o delírio do público. Ney logo anunciou uma troca de figurino dizendo que ia ali "tirar uma roupinha".
Tirando o colete de penas e revelando uma regata mínima e transparente, Ney cantou "Roendo as Unhas (Atento aos Sinais)" rebolando em ritmo frenético e arrancando uivos da plateia.
Na balada "Noite Torta", o público se acalmou, embora uns mais entusiasmados lembrassem cada verso da música de Itamar Assumpção. O show seguiu na mesma temperatura, com "A Ilusão da Casa".
Durante a apresentação de "Two Naira Fifty Kobo", uma parte do público à direita do palco levantou uma faixa dizendo "fora, Temer", e logo um sonoro coro começou.
Ney se manteve indiferente ao protesto, e emendou com "Freguês da Meia-Noite", de Criolo, aquela dos versos "meia-noite/ em pleno largo do Arouche/ em frente ao mercado das flores", diante de um telão vermelho sangue escrito "love".
Sem o deslumbramento visual típico dos shows do cantor, a apresentação na Virada, aliás, foi sintética e direto ao ponto, com alguns efeitos de luz e toda a atenção centrada no corpo, no figurino e na voz de Ney, aqui a estrela absoluta.
Manifestantes levantam cartazes contra Temer (Foto: Sergio Castro/Estadão)
Escrito por Da Redação
Publicado em 21.05.2016, 19:04:00 Editado em 23.05.2016, 12:07:06
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