GUILHERME GENESTRETI, ENVIADO ESPECIAL*
CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) - As tiradas espirituosas de Iggy Pop monopolizaram a coletiva de imprensa do documentário "Gimme Danger", do diretor Jim Jarmusch, exibido fora de competição no Festival de Cannes.
O filme perpassa a carreira do músico de forma quase sempre cronológica a partir de depoimentos de pessoas próximas. "É uma colagem, a intenção era fazer algo selvagem, emocional, engraçado", disse o diretor.
Vestindo jaqueta preta, o roqueiro contou do passado, de como ajudou Jarmusch a reunir material de arquivo e da receita de sua longevidade ("passei a ouvir os conselhos da minha mãe").
"Éramos meio que uma ameba que entrava na casa das pessoas, que faz com que pensem: 'Mas que coisa é essa?'", lembrou Iggy sobre o seu começo com os Stooges. "Eu estava sob o efeito de ácido em mais da metade dos trechos musicais do filme."
O roqueiro também contou como reuniu o material de arquivo usado por Jarmusch. Ou melhor, como não reuniu.
"Sou o tipo de cara que joga fora as coisas. Mas eu conhecia quem tinha o que ele precisava: gente que tinha gravações, uns seguidores loucos, traficantes", brincou. "Eu só dei umas lindas fotos do meu pai e da minha mãe."
Iggy também foi perguntado sobre o consumo de drogas, respondeu: "Todo mundo deveria largar. Não uso mais drogas. Tomo vinho. É isso".
Provocado por um jornalista sobre qual seria o seu traje no tapete vermelho, já que o filme será exibido à meia noite desta quinta (19), Pop disse que iria sem camisa. "Mas eu trouxe uma."
(*) O jornalista se hospeda a convite do Festival de Cannes
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.05.2016, 12:03:28 Editado em 27.04.2020, 19:50:23
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