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Vilão de 'Star Wars' vive motorista poeta em filme de Jim Jarmusch

GUILHERME GENESTRETI, ENVIADO ESPECIAL * CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) - Na disputa pela Palma de Ouro os americanos se mostraram bem mais contidos -ao menos, é o que mostram dois dos três títulos daquele país exibidos no Festival de Cannes. Com "Paterson

Da Redação

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Publicado em 27.05.2016, 08:26:00 Editado em 27.05.2016, 15:51:03
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GUILHERME GENESTRETI, ENVIADO ESPECIAL *
CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) - Na disputa pela Palma de Ouro os americanos se mostraram bem mais contidos -ao menos, é o que mostram dois dos três títulos daquele país exibidos no Festival de Cannes.
Com "Paterson", um dos longas mais elogiados da mostra até agora, o indie Jim Jarmusch revolve em reflexões quase zen sobre as trivialidades do cotidiano que resumem a existência -ideia que na tela é tomada pelos poemas escritos pelo personagem título, um motorista de ônibus de uma cidade pequena americana, vivido por Adam Driver (o vilão do recente "Star Wars").
Paterson reflete -e escreve- sobre o que vê a partir de sua esquemática rotina e da convivência com os poucos que são próximos: basicamente, a namorada perdida, o buldogue sarcástico e os amigos do bar que ele frequenta religiosamente.
O filme é uma típica obra low profile do diretor, talvez a mais pessoal delas: bem mais contida do que "Flores Partidas" (2005) e "Estranhos no Paraíso" (1984), também exibidas em Cannes. O protagonista carrega o tipo de aura "jarmuschiana" com sua aparência ordinária e sua vocação para melancólicas divagações existenciais.
Jarmusch tem outro título na 69ª edição do Festival de Cannes, mas fora da competição: o documentário biográfico "Gimme Danger", sobre Iggy Pop.
APOSTA DE OSCAR
Segundo americano na disputa, "Loving", de Jeff Nichols, é um melodrama com uma questão social de pano de fundo que pode até não levar o prêmio na mostra francesa, mas sai como uma das apostas para ser lembrado no Oscar, pelo menos pelas atuações de Joel Edgerton e Ruth Negga.
Os atores interpretam um homem branco e uma mulher negra que resolvem se casar a despeito da proibição legal sobre o casamento inter-racial no Estado da Virginia durante os anos 1950, pré-luta pelos direitos civis. O caso é inspirado na história de Richard e Mildred Loving.
"O que ocorre entre duas pessoas não é da conta de ninguém", disse o australiano Edgerton após a exibição do filme, lembrando que até 2000 o Estado de Alabama não reconhecia casamentos inter-raciais e levando a discussão para a legalização do casamento gay no mundo.
Segundo Nichols, foi a questão da união entre pessoas do mesmo sexo, decidida pela Suprema Corte dos EUA, no ano passado que o levou a ir atrás do caso Loving, espécie de pedra fundamental nas discussões jurídicas sobre leis antimiscigenação naquele país.

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* O jornalista GUILHERME GENESTRETI se hospeda a convite do Festival de Cannes

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