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Nova trama de realismo social de Ken Loach é elogiada no Festival de Cannes

GUILHERME GENESTRETI, ENVIADO ESPECIAL (*) CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) - Ousadia nem sempre será bem recebida no Festival de Cannes. Essa é a lição que fica do segundo dia de competição da mostra de cinema francesa: o diretor francês Bruno Dumont se arri

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.05.2016, 12:00:41 Editado em 27.04.2020, 19:50:33
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GUILHERME GENESTRETI, ENVIADO ESPECIAL (*)
CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) - Ousadia nem sempre será bem recebida no Festival de Cannes. Essa é a lição que fica do segundo dia de competição da mostra de cinema francesa: o diretor francês Bruno Dumont se arriscou com a comédia rasgada "Ma Loute", e o resultado não foi positivo; já o inglês Ken Loach enveredou-se mais uma vez pelo realismo social com "I, Daniel Blake" e teve nele um de seus filmes mais elogiados da longa carreira.
Em seu novo longa, o engajado Loach ("Kes" e "Ventos da Liberdade") dispara contra as distorções do sistema de assistência social britânico: o personagem-título, vivido por Dave Johns, é um carpinteiro de meia-idade que vive agruras para conseguir o benefício por invalidez após uma parada cardíaca o impedir de trabalhar.
Enquanto Blake vaga pelos meandros kafkianos da burocracia inglesa, ele se depara com uma mãe solteira, "expulsa" de Londres pela gentrificação -dois marginais do capitalismo britânico bem ao estilo de Loach.
"Insuportavelmente comovente", elogiou o jornal "The Guardian", conterrâneo do cineasta. "Quando o filme termina, sentimos que não iremos esquecê-lo", escreveu.
Já "Ma Loute" aprofunda a guinada de Dumont no mundo cômico, que ele já havia trilhado, com sucesso, na minissérie "O Pequeno Quinquin" (2014). A recepção, contudo, foi bem abaixo do morno, com palmas tímidas e críticas ressaltando o lado pastelão e as interpretações histéricas de medalhões franceses como Juliette Binoche e Fabrice Luchini.
"Percebi que com a comédia posso mostrar violência e intercalar com piruetas e o resultado ficar engraçado", disse Dumont, na entrevista coletiva após a exibição do filme.
Não ficou engraçado. Diversas das gags do longa foram recebidas em silêncio na sessão para a imprensa. Na trama, ambientada numa vila no norte da França no começo do século, dois inspetores trapalhões investigam uma onda de desaparecimentos, transitando entre grã-finos afetados e pescadores grotescos.
* O jornalista GUILHERME GENESTRETI se hospeda a convite do Festival de Cannes

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