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Centenária, orquestra italiana de Santa Cecilia se apresenta em SP

GISLAINE GUTIERRE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Desde que assumiu o posto de diretor musical da centenária Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia, na Itália, em 2005, o maestro Antonio Pappano tem colocado o grupo no epicentro da música clássica,

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.05.2016, 12:22:43 Editado em 27.04.2020, 19:50:45
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GISLAINE GUTIERRE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Desde que assumiu o posto de diretor musical da centenária Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia, na Itália, em 2005, o maestro Antonio Pappano tem colocado o grupo no epicentro da música clássica, com apresentações em alguns dos principais festivais do mundo e gravações premiadas, que se tornaram referência.
Neste sábado (7) e domingo (8), Pappano rege a orquestra em récitas disputadíssimas na Sala São Paulo, dentro da temporada da Cultura Artística. Até as 12h, restavam pouco lugares para ambas as apresentações.
O programa inclui duas peças de Tchaikovsky (1840-93) já gravadas sob a batuta de Pappano: a "Sinfonia nº 5 em Mi Menor, Op. 64", lançada em 2010 pela EMI, e o "Concerto nº 1 em Si Bemol Menor, Op. 23", que está no mais recente álbum, da Warner, gravado com a pianista italiana Beatrice Rana, 23, solista nesta turnê.
"Beatrice é uma pianista talentosa, com uma técnica fenomenal, combinada à musicalidade natural", afirma Pappano, para quem, na gravação de Tchaikovsky, ela estava "absolutamente brilhante". No disco, orquestra e solista também registraram o "Concerto para Piano nº 2", de Prokofiev (1891-1953).
Beatrice Rana foi a segunda colocada no concurso internacional de piano Van Cliburn, nos Estados Unidos, em 2013, e, no ano passado, integrou o projeto BBC New Generation Artists, que se propõe a alavancar a carreira dos jovens artistas mais promissores.
Na Sala São Paulo, além do "Concerto nº 1", a orquestra vai tocar a abertura da ópera "La Forza del Destino", de Verdi (1813-1901), nos dois dias. Já a "Sinfonia nº 5", de Tchaikovsky, programada para sábado, será substituída pela "Sinfonia nº 3 em Dó Menor, Op. 78", de Camille Saint-Saëns (1835-1921) no domingo.
GRAVAÇÕES
A orquestra, que foi criada em 1908 com a proposta de fazer exclusivamente música sinfônica no país da ópera, tem ganhado prestígio com a execução e gravação de obras operísticas sob o comando de Pappano.
Um exemplo é a ópera "Aida", de Verdi, gravada com o tenor Jonas Kauffmann, a soprano Anja Harteros, a mezzo soprano Ekaterina Semenchuk e o barítono Ludovic Tézier. A gravação foi eleita, por exemplo, a melhor do mês pela revista "Gramophone" e pela "BBC Music Magazine".
Sobre essa gravação, a revista "Diapason D'Or" publicou: "Podemos confirmar sem hesitação que esta não é apenas uma "Aida" para o presente, mas uma "Aida" feita para durar, ao mesmo nível que as gravações de referência do passado".
Com as gravações, tanto de óperas quanto de música sinfônica, Pappano espera que a orquestra "represente muitas facetas artísticas". "Como uma orquestra italiana, estamos orgulhosos de salientar a importância de uma música que reflete sua herança operística, combinando isso, no entanto, com bom gosto, disciplina e teatralidade."
Filho de italianos, Pappano nasceu em Londres e, aos 13 anos, mudou-se com a família para os EUA, onde seguiu estudos em piano e regência. Ao longo de sua trajetória, foi assistente do maestro Daniel Barenboim, diretor na Den Norske Opera, em Oslo, na Noruega, e no Théâtre Royal de la Monnaie, em Bruxelas.
Regeu orquestras como a Filarmônica de Berlim, de Viena e Nova York, e a do Concertgebouw de Amsterdã. Atualmente, é também diretor musical do Covent Garden de Londres. Em 2015, recebeu a centésima Medalha de Ouro da Royal Philharmonic Society, de Londres -a maior honraria da entidade, já cedida a músicos como Brahms, Strauss, Stravinsky e Britten.
A orquestra, fundada em 1908, foi regida por compositores como Mahler, Strauss, Stravinsky e Sibelius. Sob o comando de Pappano, foi a festivais prestigiados, como o BBC Proms, os de Lucerna e Salzburgo, além do Noites Brancas, de São Petersburgo.
Depois de São Paulo, a orquestra segue para Buenos Aires, onde fará duas apresentações, na terça (10) e quarta (11), no Teatro Colón.

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ORQUESTRA DA ACADEMIA NACIONAL DE SANTA CECILIA
QUANDO sáb. (7) e dom. (8), às 21h
ONDE Sala São Paulo, praça Júlio Prestes, 16, tel. (11) 3367-9500
QUANTO de R$ 50 a R$ 550
CLASSIFICAÇÃO livre

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