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Feira de arte Armory Show, em NY, abre em campanha de reabilitação

SILAS MARTÍ, ENVIADO ESPECIAL NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Nem as fortes rajadas de um vento gélido espantou colecionadores da abertura para VIPs da Armory Show, uma das feiras mais tradicionais em Nova York, que reúne mais de 200 galerias nesta semana

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.03.2016, 21:31:25 Editado em 27.04.2020, 19:52:31
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SILAS MARTÍ, ENVIADO ESPECIAL
NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Nem as fortes rajadas de um vento gélido espantou colecionadores da abertura para VIPs da Armory Show, uma das feiras mais tradicionais em Nova York, que reúne mais de 200 galerias nesta semana em galpões no píer da metrópole americana.
Em plena campanha de reabilitação depois de anos de decadência, a feira este ano estava abarrotada. Era difícil circular pelos corredores. A alta do dólar e a crise econômica no Brasil também contribuíram para a forte presença de galerias do país no evento.
Titãs do cenário nacional, como Fortes Vilaça, Luisa Strina e Nara Roesler, fizeram questão de vir à Armory este ano. Essas duas últimas, aliás, têm estandes cara a cara no miolo mais disputado da feira, ao lado de gigantes internacionais.
Na ala dedicada à arte moderna, a paulistana Bergamin & Gomide também tem uma das representações mais fortes da Armory, com obras de Lygia Clark, Lygia Pape e Sérgio Camargo que passam da casa dos R$ 8 milhões.
Nas primeiras horas da feira, a Fortes Vilaça vendeu obras da polonesa Agnieszka Kurant e de Rodrigo Matheus. Tanto Luisa Strina quanto Bergamin & Gomide, com obras de Lygia Pape, também atraíram colecionadores de peso, já que o mercado americano se prepara para turbinar os preços da artista que no ano que vem terá uma retrospectiva na nova ala de arte contemporânea do Metropolitan.
Fora os excessos habituais das feiras, que beiram cada vez mais um zoológico, a Armory reafirma tendências que vêm se consolidando ao longo dos últimos anos. Galerias de Berlim, Londres e Nova York, no caso, todas apostam em artistas do chamado Grupo Zero, que surgiu na Alemanha do pós-Guerra, entre eles Günther Uecker, Otto Piene e o holandês Jan Schoonhoven.
Outras escolhas mais conservadoras continuam sustentando a ala de arte moderna da feira, como peças de Picasso, Munch, Miró e Morandi, algumas delas na casa dos R$ 20 milhões.
Mas o real sucesso da feira parece estar na ala de arte contemporânea, onde a maioria dos preços gira em torno de R$ 200 mil a R$ 400 mil. Também ali, com um amplo espaço reservado a galerias da África, a Armory já capitaliza em cima dessa nova fronteira artística que despontou depois do colapso das economias emergentes, como Brasil, Rússia e Índia.
Último dos chamados Brics, a África do Sul parece se sair melhor na Armory com galerias fortes. Alguns artistas, como o ganense El Anatsui e a sul-africana Zanele Muholi, parecem ter se consagrado como queridinhos do mercado.
Surfando na onda dos debates em torno de tensões raciais, mesmo galerias de peso de Londres, Nova York e Berlim levaram à feira estandes só de artistas negros ou obras que discutem o racismo.
Tendências à parte, a Armory tem mais do mesmo no quesito obra feita para feiras de arte, entre elas uma tela toda negra que dizia "aqui deveria estar uma porta para escapar", balões sobrevoando a feira com os dizeres "sua mãe" e uma performance com uma garota nua enjaulada que decorava seu cativeiro com rosas brancas.

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