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Irã alivia pena de 6 anos de prisão a cineasta, mas mantém chibatadas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um tribunal de Teerã aliviou a pena de seis anos de prisão que pesava contra o cineasta iraniano Keywan Karimi, por "insultar valores sagrados", mas manteve a condenação a 223 chibatadas. "Foi informado de que, cinco dos sei

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2016, 15:45:03 Editado em 27.04.2020, 19:52:45
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um tribunal de Teerã aliviou a pena de seis anos de prisão que pesava contra o cineasta iraniano Keywan Karimi, por "insultar valores sagrados", mas manteve a condenação a 223 chibatadas.
"Foi informado de que, cinco dos seis anos de prisão de minha pena [em primeira instância], estão agora em suspenso, mas tenho que ficar na prisão um ano, receber 223 chicotadas e pagar uma multa de 20 milhões de riales [R$ 2.600]", afirma o diretor em um e-mail. Ele acrescenta que a pena é definitiva, e que irá cumpri-la.
No texto, o cineasta pede algumas semanas de prazo antes de se apresentar à Justiça. Ele quer terminar seu mais recente filme e ficar junto à mãe, que está em tratamento de quimioterapia.
No início de dezembro, cerca de 130 artistas iranianos enviaram uma carta de apoio a Karimi, na qual se declaravam escandalizados por sua condenação.
Entre os signatários do documento, estava Jafar Panahi, ganhador do Urso de Ouro de Berlim em 2015 com seu filme "Taxi", rodado clandestinamente em Teerã, porque as autoridades o proibiram de filmar.
Karimi é mais conhecido internacionalmente pelo curta-metragem "The Adventure of Married Couple", que acompanha a rotina de um casal que trabalha em turnos alternados.
Muçulmano sunita originário do Curdistão iraniano, ele foi condenado por cenas de um videoclipe e do filme "Escrevendo na Cidade", dedicado ao grafite político feito em paredes e muros de Teerã desde a Revolução Islâmica de 1979 até as controversas eleições de 2009, que deram início a protestos reprimidos com violência.
Segundo o site "The Huffington Post", Muhammad Moghise, juiz que presidiu o julgamento, o cineasta insultou os valores sagrados do Irã e promoveu relações e contatos ilegítimos através de cenas de beijo.

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