SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A defesa de Bill Cosby pediu à Justiça da Pensilvânia que desconsidere o processo do ator americano por um suposto caso de agressão sexual contra uma mulher em 2004.
Em uma moção apresentada na segunda-feira (11) perante a Justiça do condado de Montgomery, os advogados de Cosby pediram que se "desconsidere todas as acusações contra ele", argumentando a existência de um acordo prévio com a promotoria relativa ao caso citado, segundo cópia do documento obtida pela agência France Press.
"As acusações apresentadas em 30 de dezembro de 2015 violam um acordo expresso feito pelo procurador do Condado de Montgomery, em 2005, no qual o distrito acordou que o senhor Cosby nunca seria processado com relação às alegações de agressão sexuais feitas pela demandante, Andrea Constand", destaca o texto.
"Este acordo, feito com o propósito expresso de induzir o senhor Cosby a testemunhar no caso civil da senhorita Constand contra ele, levando o senhor Cosby a dar seu testemunho em 2005 e 2006 sem invocar seus direitos constitucionais contra a auto-incriminação", continua.
"Agora, para cumprir promessas eleitorais, o novo procurador eleito repudiou o acordo e baseou estas acusações criminais no depoimento que o senhor Cosby deu em troca da não acusação."
Cosby é processado por "agressão indecente com agravante", uma acusação que pode condená-lo até 10 anos de prisão, depois que a procuradoria reabriu uma denúncia que não tinha prosperado em 2005 e pela qual também houve uma ação civil que resultou em um acordo financeiro.
Andrea Constand, uma canadense, assegura ter sido vítima de uma agressão sexual na casa do ator em Cheltenham, nos arredores da Filadélfia, em 2004.
Cosby, libertado sob uma fiança de US$ 1 milhão, deve se apresentar ao juiz em 2 de fevereiro.
O ator, que foi uma das personalidades mais populares da TV do seu país, é acusado de agressão sexual por cerca de 50 mulheres e sempre negou as acusações contra ele.
Muitas destas denúncias não podem ser levadas à Justiça porque prescreveram.
O caso aceito na Pensilvânia ocorreu dentro do limite de 12 anos, indicado pela lei, segundo a procuradoria, embora a defesa afirme em sua moção da segunda-feira que a demora para efetuar o processo é "indesculpável" e, portanto, as acusações "devem ser desconsideradas".
Na semana passada, as autoridades judiciais de Los Angeles decidiram não processá-lo por supostas agressões sexuais contra duas mulheres, devido principalmente a provas insuficientes.
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.01.2016, 12:51:20 Editado em 27.04.2020, 19:53:42
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