THALES DE MENEZES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Famoso pela pontualidade de seus shows, David Gilmour deu uma chá de cadeira de 50 minutos nos jornalistas que o esperavam numa sala do estádio Allianz Parque, onde se apresenta nesta sexta (11) e sábado (12).
Mais atrasada do que Gilmour estava a imprensa especializada, que retornava ao passado a cada pergunta. O guitarrista teve de encarar perguntas sobre seu relacionamento com Roger Waters, seu companheiro e rival no Pink Floyd ("Uma relação dolorosa"), sobre o que sentiu ao tocar com a banda no Live Aid, em 1985 ("Prazer e satisfação"), e a razão de tocar coisas antigas de sua ex-banda ("Escolhi as canções bonitas").
Junto com Gilmour estava sua mulher e letrista, Polly Samson. Ela aproveita a passagem pelo Brasil para lançar seu novo romance "Ato de Bondade" (Record).
Também estavam presentes o saxofonista curitibano João de Macedo Mello, de 20 anos, e o guitarrista inglês Phil Manzanera, 64. Gilmour considera uma sorte ter encontrado um talento tão novo quanto Mello, apresentado a ele por um amigo comum. Já Manzanera, ex-Roxy Music, é seu amigo desde 1968 e foi responsável por alguns momentos divertidos durante a entrevista. Ele recordava episódios que Gilmour insistia em não lembrar.
Manzanera foi ao socorro de Polly quando ela tentou elaborar uma resposta consistente para quem perguntou a diferença entre escrever letras de músicas e romances. "Músicas são mais curtas", interrompeu Manzanera.
Em retribuição, Polly ajudou um Gilmour que demonstrava claramente não entender a pergunta sobre como as músicas de seu último disco poderiam influenciar ou refletir a ocupação de escolas públicas por estudantes paulistas. "Não podem", disse ela em socorro.
DAVID GILMOUR EM SP
Quando: sexta (11) e sábado (12), às 21h
Onde: Allianz Parque, av. Francisco Matarazzo, 1.705
Quanto: de R$ 200 a R$ 1.200, nas bilheterias do estádio
Classificação: 14 anos
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