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'O setor privado se eximiu', diz John Neschling sobre crise no Municipal

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A crise financeira que obrigou o Theatro Municipal de São Paulo a reduzir sua programação dos próximos meses não é, para o maestro John Neschling, diretor artístico do espaço, diferente do que se passa numa empresa que se de

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.09.2015, 12:35:07 Editado em 27.04.2020, 19:56:15
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) -
A crise financeira que obrigou o Theatro Municipal de São Paulo a reduzir sua programação dos próximos meses não é, para o maestro John Neschling, diretor artístico do espaço, diferente do que se passa numa empresa que se depara com a desaceleração econômica do país.
Em um desabafo publicado no Facebook sobre a situação, ele reconheceu que o teatro enfrenta problemas em "uma conjuntura difícil e negativa" e reclamou da falta de compromisso do setor privado, que poderia complementar o apoio financeiro da prefeitura ao lugar.
"O setor privado, que é quem mais usufrui da excelência dos nossos produtos (sim, produtos -somos uma fábrica, como qualquer outra), nesse momento se eximiu quase completamente de suas responsabilidades frente ao Theatro Municipal (com raras e notáveis exceções)", escreveu.
"Por todas as razões do mundo, que nos vêm sendo explicadas em mil e uma reuniões, nem o setor privado, nem as grandes estatais estão dispostas a ajudar a fazer com que o teatro assuma suas produções até o final da temporada."
Na última sexta (25), o secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki, anunciou mudanças na programação de novembro e dezembro. Foi adiada uma apresentação do grupo Fura dels Baus e canceladas as sessões da ópera "Così fan Tutte", de Mozart. Alterações na grade do ano que vem também estão sendo analisadas.
Os cortes se devem à falta de verba da instituição, cujo orçamento é composto de um repasse da prefeitura (R$ 99 milhões neste ano) e um montante captado via leis de incentivo -dos R$ 16 milhões autorizados, foram arrecadados pouco menos de R$ 2 milhões, diz o secretário.
No texto, Neschling informa que o teatro vai "por em compasso de espera" também o segundo semestre do ano que vem, "para por as contas em ordem e não dar o passo maior que a perna".
"Ante a realidade econômica e burocrática do Theatro, não temos meios de produzir tudo aquilo que desejaríamos com a qualidade que exigimos."
Ele pede que não sejam feitas "orações fúnebres" pelo Theatro Municipal e diz que o diretório do espaço está tomando as medidas necessárias para superar a crise e retomar a programação regular.
"O Theatro Municipal é uma realidade do panorama lírico, sinfônico e de dança no Brasil e no exterior. Assim continuaremos sendo."

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