SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A comerciante Ji Young Chun, 33, ficou mais tempo na fila de espera do que dentro da exposição "Frida Kahlo - Conexões entre Mulheres Surrealistas no México", que abriu neste domingo (27).
Ela chegou ao Instituto Tomie Ohtake, onde a mostra fica em cartaz até 10 de janeiro de 2016, por volta do meio-dia, esperou até as 14h e permaneceu uma hora vendo as obras da artista. "Agora está mais tranquilo, a fila está menor", disse, enganada pelo aparente sossego das 15h.
A visitação foi dividida em duas faixas de horário: a primeira a partir das 11h e a segunda a partir das 16h. Orlando Rodrigues Ferreira, segurança do instituto, estima que 100 a 150 pessoas tiveram a entrada liberada a cada 10 minutos. "Mas as pessoas ficam o tempo que quiserem", acrescenta. As entradas são liberadas conforme a saída do público; a espera varia entre uma e duas horas.
Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 10 na bilheteria do local (av. Brigadeiro Faria Lima, 201, tel. 11-2245-1900) ou antecipadamente pelo site ingresso.com e também pelo aplicativo do museu para iOS e Android.
Os estudantes Letícia Remigio, 24, e Flávio Gonçalves, 29, compraram o ingresso pela internet há cerca de dez dias. Achavam que a ação antecipada os faria fugir das filas, mas se surpreenderam ao chegar à exposição e perceber que não havia distinção para quem havia adquirido o convite mais cedo.
A empresária Kristiane Coelho Corrêa, 31, e mais quatro amigos também garantiram o ingresso antes de sair de casa, mas desistiram de esperar após uma hora na fila que dobrava o quarteirão.
Já no penúltimo dia da mostra "Kandinsky: Tudo Começa num Ponto", no Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, tel. 11-3113-3651), a fila de acesso estava vazia.
Através do aplicativo Ingresso Rápido, os visitantes conseguiram reservar o ingresso, gratuito, de forma antecipada. Diferentemente do Tomie Ohtake, o Centro Cultural divide a entrada dos visitantes em intervalos de uma hora, respeitando o limite de 300 pessoas.
A pedagoga Clarice de Lacerda, 50, no entanto, teve dificuldades para acessar o aplicativo. Chegou às 16h à exposição, mas foi informada de que só havia disponibilidade para entrada no último horário, às 19h30. Sem poder esperar, ela voltou para casa frustrada.
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.09.2015, 19:08:18 Editado em 27.04.2020, 19:56:16
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