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Jazz Big Band adapta o rock rural de Zé Rodrix em homenagem ao músico

BEATRIZ MONTESANTI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Seis anos após uma turnê de Zé Rodrix com a Jazz Big Band ser interrompida por causa da morte do músico, a orquestra santista apresentará canções do roqueiro rural tocadas em ritmo de jazz. A formação da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.08.2015, 14:47:11 Editado em 27.04.2020, 19:57:26
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BEATRIZ MONTESANTI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Seis anos após uma turnê de Zé Rodrix com a Jazz Big Band ser interrompida por causa da morte do músico, a orquestra santista apresentará canções do roqueiro rural tocadas em ritmo de jazz.
A formação da banda que toca neste domingo (16), no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, é outra, e o concerto será mais enxuto em relação à sua versão original -apresentada três vezes com Rodrix em vida, em 2009. Em compensação, o show preserva os arranjos realizados pelo autor de "Casa no Campo" ao lado do maestro da Big Band, Mario Tirolli, quando montaram juntos a turnê. Participam ainda da apresentação dois colegas do músico, Sonekka e Tavito, além de sua filha, Bárbara Rodrix.
Segundo Tirolli, a ideia do show surgiu de uma vontade antiga de Rodrix de tocar ao lado de uma orquestra. Este dia chegou quando os dois foram apresentados por amigos em comum, e começaram a se encontrar quase que diariamente na casa do maestro, em Santos, para transformar a ruralidade rock de Rodrix em swing jazzístico.
"O convívio com ele foi espetacular. A pulsação artística que ele tinha... ele era um cara elétrico e cheio de energia para tocar", lembra Tirolli.
A escolha do repertório foi do próprio Rodrix, baseado em grandes sucessos de sua carreira. Entre as canções contempladas, estarão "Soy Latino Americano", "Mestre Jonas" e "Casa no Campo", composta com Tavito e sucesso na voz de Elis Regina, além de alguns jingles criados pelo músico.
Multi-instrumentista que se consagrou ao lado de Sá e Guarabyra, Rodrix dedicou parte de sua carreira à publicidade. O trio foi responsável por um famoso anúncio da Pepsi na década de 1970, que repetia em toada country "só tem amor quem tem amor pra dar".
Para o maestro, não foi um desafio adaptar o trabalho de Rodrix. "Em termos musicais, eu posso dizer que o rock rural do Zé já é bastante rico. Ele já tem uma harmonia, uma condição melódica sofisticada, então é um ponto de partida fácil para o jazz."
A formação de domingo contará com 15 músicos, tocando saxofones, trombones, trompetes, baixo, bateria, piano, teclado e percussão.
A filha do artista, Bárbara Rodrix, cantará duas músicas do pai, escolhidas a dedo. "'Fronteiras do Amor' ele fez para a minha mãe, e 'Coisas Pequenas' é porque eu sempre gostei muito, canto ela com o Tavito", disse a cantora à reportagem. "Acho super legal essa situação, porque mostra como as pessoas se apegavam a meu pai. Resolveram continuar o trabalho mesmo sem ele."
Rodrix morreu em maio de 2009, aos 61 anos, após um infarto.
RECOMEÇO
Assim como Rodrix quando se apresentou pela primeira vez ao lado da Jazz Big Band, no começo do ano, Bárbara nunca tinha tocado ao lado de uma orquestra. Quando o convite chegou pelo produtor Arnaldo Catalan, aceitou de imediato.
"Eu sempre homenageio meu pai, e sempre o homenageei de alguma maneira. É um negócio que nem é muito pensado", diz a filha. "A minha relação artística com ele sempre foi muito próxima, inclusive ele produziu meu primeiro disco."
O interesse prematuro de Bárbara pela música é parcialmente responsável pela realização da turnê de Rodrix com a Big Band. Aos 11, quando ganhou um violão e começou a cantar, ela acabou despertando o pai de volta ao ofício. "Eu sinto que rolou uma inquietação nele, de querer fazer coisas diferentes. De lembrar desse sentimento e querer produzir coisas novas", conta. "Meu começo foi o recomeço dele."
Na época, Bárbara compunha pequenas canções que apresentava aos pais —a mãe encantada, o pai sincero. Também acompanhava Rodrix nas gravações de jingles, alguns ainda impregnados em sua memória ("De mulher para mulher, Mariiisa") —e trabalho que faz até hoje. Aos 14, lançou seu primeiro disco, "Ninguém me Conhece".
Hoje, aos 24, dedica-se à produção de seu segundo álbum, "Eu Mesma", trabalho independente com lançamento previsto para o final do ano.
"Meu primeiro disco é de canções que eu fiz criança. Aos 18, ele já não falava mais de mim. A gente muda muito depressa", diz a cantora. "Fiquei esses anos todos recomeçando um trabalho e me reencontrando. Não tinha mais esse meu medidor que era meu pai. Foi uma descoberta bem intensa e longa. Agora encontrei o que eu queria dizer".

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JAZZ BIG BAND EM ZÉ RODRIX - AS CANÇÕES
QUANDO domingo (16), às 19h
ONDE Auditório Ibirapuera - Oscar Niemeyer, av. Pedro Alvares Cabral, s/n - portão 2, tel. (11) 3629-1075
QUANTO R$ 20 (inteira)
CLASSIFICAÇÃO livre
Ingressos podem ser comprados na bilheteria do Auditório ou no site ingressorapido.com

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