O ator Henri Castelli prestou depoimento ao Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL), em Maceió, sobre a crítica feita pela sua ex-companheira, Juliana Despírito, em uma foto publicada por ele na internet em que a filha do casal aparece no colo de uma yalorixá, a mãe Neide Oyá D´Oxum, sacerdotisa de matriz africana.
No post, Juliana usou uma hashtag com a frase "aqui não entra macumba". O comentário foi classificado pela yalorixá como preconceituoso e ofensivo. Acompanhado de dois advogados, Castelli foi ouvido pelo promotor Flávio Costa, da 62º Promotoria, que lida com questões de religião, racismo e diversidade sexual, e também pela promotora criminal Marluce Falcão. Ele chegou pela entrada traseira do prédio para não ser fotografado e se recusou a falar com a imprensa. “O processo, na parte dele, vai ser julgado em São Paulo. Aqui é a Mãe Neide. Por isso, não é interessante ele chegar a público e se manifestar”, justificou o advogado Newton Pereira Gonçalves.
Gonçalves disse também que entidades de matriz africana já demonstraram apoio à causa da Mãe Neide.
“Outras entidades estão nos apoiando, se manifestando em seus estados com apoio dos MPs. Elas planejam entrar com outras representações. Assim sendo, esse caso ainda vai ter outros desdobramentos”, pontua Gonçalves. A outra advogada do ator, Vanessa Carneiro Gonçalves, disse à imprensa que Henri foi grandemente afetado com o acontecido.
“É uma situação muito delicada tanto para ele quanto para ela. Por isso nós viemos unicamente para dar andamento a situação que já foi deflagrada. Estamos em andamento com o processo”. Ainda nesta sexta, a yalorixá também foi ouvida pelos promotores. "Espero que ela [Juliana] se retrate e peça desculpas. Quero que isso pare, pois se a gente ouve essas coisas e não faz nada, abre brecha para outros ataques piores", disse ao ressaltar que Juliana acabou expondo a criança também.
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