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Produzido por brasileiro, pornô 3D é o filme mais comentado em Cannes

RODRIGO SALEM, ENVIADO ESPECIAL CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) - Mesmo fora de competição no Festival de Cannes, a sessão do longa-metragem "Love", do enfant terrible Gaspar Noé ("Irreversível"), foi a mais disputada desta quinta-feira (21) no evento. E a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.05.2015, 11:21:16 Editado em 27.04.2020, 19:59:49
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RODRIGO SALEM, ENVIADO ESPECIAL
CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) - Mesmo fora de competição no Festival de Cannes, a sessão do longa-metragem "Love", do enfant terrible Gaspar Noé ("Irreversível"), foi a mais disputada desta quinta-feira (21) no evento.
E a mais falada. A obra, coproduzida pela paulista RT Features, ganhou a honra de ser o primeiro filme pornográfico em 3D a passar na seleção oficial do festival. Apesar de aplaudido na première mundial, foi vaiado na sessão para a imprensa.
O longa é um romance obsessivo centrado no sexo com uma linha temporal não linear: Murphy (Karl Glusman), um estudante americano de cinema morando em Paris, apaixona-se por Electra (Aomi Muyock), uma aluna de arte, mas estraga tudo ao engravidar a vizinha, Omi (Klara Kristin).
São 2h e 11 minutos de ejaculações em 3D, penetrações explícitas (usando recursos comuns na obra do cineasta), masturbação em nu frontal, sexo oral e orgias -com uma pitada de história.
"O filme é sobre estar apaixonado do ponto de vista do sexo e acho difícil fazer isso sem mostrar genitálias", justificou Noé em entrevista para a imprensa mundial. "Vendi o projeto como um filme 'melopornográfico', mas as pessoas ficam assustadas quando ouvem a palavra pornografia. Basicamente, eu queria que o amor fosse bem representado. Sexo é um momento maravilhoso para qualquer pessoa. Por que não mostrar isso? É estranho."
Karl Gusman contou que sua genitália foi filmada em close pelo diretor, no primeiro dia da filmagem. "Pensei em fugir para o aeroporto na hora. Seria o fim de uma curta carreira", brincou o ator americano.
"Eu tinha complexos com meu corpo quando era mais nova. Mas somos todos humanos e lindos. Por que ter vergonha?", questionou a atriz Klara Kristin.
Produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira e já comprado para se exibido no Brasil pela distribuidora Imovision -a mesma de "Azul é a Cor Mais Quente"-, "Love" não deverá ser cortado para tentar classificação indicativa mais baixa. "Nunca. O filme passará na íntegra", garante Teixeira à Folha. "A censura será de 18 anos, claro. Estou contente com o produto final."
"Esse filme nunca poderia ser feito nos Estados Unidos. A RT Features foi muito importante. Sem eles, o projeto não existiria. E ficarei feliz de promover o filme no Brasil em breve", completou Gaspar Noé. "Eu investi no artista. Podem dizer que só podia ser um brasileiro fazendo um filme pornográfico. Mas posso dizer que meu filme pornográfico está em Cannes e não no YouPorn.com. Isso abre caminho para outras obras nacionais aqui e esse é o trabalho do produtor. É dinheiro brasileiro mesmo, sem incentivo fiscal."

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