Fábio Jr. entra na restrita categoria de artistas que acumularam tantos sucessos na carreira que já não precisariam se preocupar em gravar mais discos. Inegavelmente, é uma posição cômoda e que domestica muita gente.
Fabio, inclusive, dava sinais de que seguiria por esse caminho seguro e pouco criativo nos últimos anos. Em uma década, ele não registrou nenhum disco de inéditas.
— Passei muitos anos gravando em um esquema no qual eu fazia tudo de uma forma rápida e nem sempre apostando em projetos autorais. Eu precisava retomar essa vontade de criar, escrever.
Desde 2013 o cantor de 61 anos começou a compor com mais frequência e a externar ideias em letras e canções. O período é posterior à separação da modelo Mari Alexandre, mãe de seu filho mais novo, Zaion. Levando em consideração a explicação do músico sobre a vontade de voltar a escrever, o acontecimento pode ser um dos motivos que inspiram as letras do projeto.
— Eu precisava fazer esse CD e colocar certas coisas para fora.
Mas apesar da urgência em registrar o que vivia nas letras, Fábio foi cauteloso na produção das músicas. Ao todo, o disco levou cerca de um ano e meio para ficar pronto. Ao lado dele, na produção estavam o cantor soul Silveira e midas do sertanejo atual, Dudu Borges, que já trabalhou com Michel Teló, Lucas Lucco, Jorge e Mateus, entre outros.
- Queria voltar a gravar soul e por isso chamei o Silveira, que é o melhor representante do estilo no Brasil atualmente. Já o Dudu, surgiu quando o Fiuk mostrou o primeiro CD dele, que foi produzido pelo cara. Gostei e resolvi procurá-lo, mesmo sabendo que ele se identifica mais com o sertanejo.
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