Os árbitros de futebol podem ter uma tendência inconsciente a apitar faltas baseados na direção das jogadas de uma partida, revelou um estudo da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores descobriram que eles apitavam mais faltas quando as jogadas se moviam da direita para a esquerda do que da esquerda para a direita, sugerindo que dois juízes que veem a mesma partida de dois lugares diferentes tendem a apitar de formas distintas.
No estudo, os cientistas descobriram que quando os 12 voluntários assistiam a uma partida de futebol tendiam a dizer que era falta quando viam um ataque da direita para a esquerda.
Segundo o chefe da pesquisa, Alexander Kranjec, do Departamento de Neurologia da universidade, “se as tendências espaciais que observamos nesses jogadores de futebol têm efeitos parecidos sobre os juízes em partidas reais, elas podem influenciar o trio de arbitragem de formas diferentes.
- Os juízes estarão, com mais frequência, em posições que diminuam seu limiar para apitar faltas durante o ataque, em comparação aos bandeirinhas que trabalham nas linhas.
Em partidas reais, o juiz e seus assistentes tendem a ser expostos a diferentes quantidades de jogadas de ataque da direita para a esquerda ou da esquerda para a direita, já que os árbitro usam um sistema para ajudá-los a cobrir o campo de forma eficiente.
Os juízes se movem na diagonal, escolhendo se correm para a esquerda ou para a direita, enquanto os assistentes vão pelas laterais.
Baseado nesse estudo, o sistema de diagonal para a esquerda favorece o ataque (ver mais ataques da direita para a esquerda), e a diagonal direita, a defesa (ver mais ataques da esquerda para a direita). Por isso, os pesquisadores sugerem que os juízes evitem a mudança de diagonais no intervalo de uma partida.
Os voluntários do estudo apitaram três vezes mais faltas quando as imagens dos jogadores eram vistas da direita para a esquerda em comparação com as mesmas imagens espelhadas de jogadas que eram vistas da esquerda para a direita.
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