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Bethânia celebra 50 anos de carreira em show com projeções no palco

RIO DE JANEIRO, RJ - Em um show memorável, que fez um mosaico de diversas fases de sua carreira e dos temas de sua predileção, amparado por uma cenografia cheia de tecnologia, Maria Bethânia deu largada às comemorações de seus 50 anos de palco na noite de

Da Redação

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Icone Camera Foto por Rafael Andrade/Folhapress
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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.01.2015, 13:48:00 Editado em 27.04.2020, 20:04:09
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RIO DE JANEIRO, RJ - Em um show memorável, que fez um mosaico de diversas fases de sua carreira e dos temas de sua predileção, amparado por uma cenografia cheia de tecnologia, Maria Bethânia deu largada às comemorações de seus 50 anos de palco na noite de sábado (10), na cidade em que tudo começou, o Rio.

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Concebido por Bethânia, com cenografia e direção geral de Bia Lessa, o show "Abraçar e Agradecer" é dividido em dois atos, com um total de 39 canções entremeadas por sete textos - de autores tradicionais nas apresentações da baiana, como Clarice Lispector e Fernando Pessoa, além de um escrito por ela mesma, em que lista seus agradecimentos. 

Recebida com a tradicional idolatria efusiva que seu público lhe dedica, a cantora entrou no palco do Vivo Rio ao som de "O Eterno em Mim", do mano Caetano, autor de seis canções do repertório. 

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Ao longo de quase duas horas, Bethânia resgatou velhos sucessos como "Gostoso Demais" (em boa dobradinha nordestina com "Bela Mocidade") e "Brincar de Viver" (já no bis), e cantou suas diversas facetas, em blocos temáticos: a romântica, a litorânea, a interiorana, a religiosa, a filha da mata, a devota dos orixás.

Também pontuou momentos marcantes de sua carreira, com canções como "Rosa dos Ventos" (do espetáculo e disco homônimo, dos anos 1970), "Carcará" (o marco inicial, do show "Opinião", de 1965, executada apenas pela banda) e "Você Não Sabe", de Roberto e Erasmo Carlos, uma das que gravou no disco tributo "As Canções que Você Fez pra Mim" (1993), produzido por Guto Graça Mello, com quem a cantora retoma a parceria nesta turnê. 

Por fim, promoveu seu CD mais recente, "Meus Quintais" (2014), de onde saíram oito canções do repertório do show. 

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No palco, Bethânia atuou sobre um grande tablado central retangular, elevado - uma grande tela em forma de caixa, na qual foram projetadas diversas imagens. O efeito visual era coordenado às canções e, em alguns momentos, a cantora ainda cumpria uma coreografia específica.

O resultado, em diversos trechos, foi fascinante, como quando ela interpretou o fado "Meu Amor É Marinheiro" pisando em uma pedra cercada por um mar bravio. Bethânia pisando nos astros decidida, graças à projeção de um céu estrelado, foi outro ponto visualmente impactante. 

Nem todas as projeções funcionaram a contento, no entanto, e o palco em formato de caixa trouxe um problema: por conta de sua altura, limitou a visão de quem estava sentado na plateia; apenas do alto era possível apreciar o efeito completo da cenografia. 

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Cercando Bethânia no palco, divididos em quatro agrupamentos, ficaram os sete músicos, regidos pelo contrabaixista Jorge Hélder. 

A atuação da banda é destacada no interlúdio entre os dois atos, com versões instrumentais de "Até o Fim", "O Quereres", "Qui nem Jiló" e "Pisa na Fulô", e na saudação ao público durante "Folia de Reis", em que os músicos tocam instrumentos típicos da festa, como pandeiro de fita e acordeon. 

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Merece destaque a viola de Paulo Dafilin durante a parte caipira do show, com "Eu, a Viola e Deus", de Rolando Boldrin (executada com citação de "Luar do Sertão"), e "Criação", de Chico Lobo, que ganhou toques de "Tristeza do Jeca" ao final. 

A escolha dos melhores momentos do show fica ao gosto do freguês, mas uma unanimidade foi a interpretação do clássico francês "Non Je ne Regrette Rien", já ao final, com Bethânia declamando a letra da canção em português. A recepção apoteótica da plateia fez a cantora interromper a continuidade do show para agradecer aos aplausos. 

A turnê "Abraçar e Agradecer" continua no Rio nesta semana (15, 17 e 18) e segue para São Paulo em março (14, 15, 21 e 22), no HSBC Brasil. Ao longo do ano, deve rodar outras capitais.

REPERTÓRIO DE "ABRAÇAR E AGRADECER"
- Ato 1
"O Eterno em Mim" (Caetano Veloso)
"Dona do Dom" (Chico César)
"Gita" (Raul Seixas e Paulo Coelho)
"A Tua Presença Morena" (Caetano Veloso)
"Nossos Momentos" (Caetano Veloso)
"Começaria Tudo Outra Vez" (Gonzaguinha)
"Gostoso Demais" (Dominguinhos e Nando Cordel)
"Bela Mocidade" (Donato Alves)
"Alegria" (Arnaldo Antunes)
"Voz de Mágoa" (Dori Caymmi e Paulo Cesar Pinheiro)
"Dindi" (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira)
"Você não Sabe" (Erasmo Carlos e Roberto Carlos)
"Tatuagem" (Chico Buarque)
"Meu Amor É Marinheiro" (Manuel Alegre e Alain Oulman)
"Todos os Lugares" (Suely Costa e Tite de Lemos)
"Rosa dos Ventos" (Chico Buarque)
- Ato 2
"Viramundo" (Gilberto Gil e Capinan)
"Tudo de Novo" (Caetano Veloso)
"Doce" (Roque Ferreira)
"Oração à Mãe Menininha" (Dorival Caymmi)
"Eu e Água" (Caetano Veloso)
"Abraçar e Agradecer" (Gerônimo e Vevé Calazans)
"Vento de Lá / Imbelezô Eu" (Roque Ferreira)
"Folia de Reis" (Roque Ferreira)
"Mãe Maria" (David Nasser e Custódio Mesquita)
"Eu, a Viola e Deus" (Rolando Boldrin)
"Criação" (Chico Lobo)
"Casa de Cabloco" (Paulo Dafilin e Roque Ferreira)
"Alguma Voz" (Dori Caymmi e Paulo Cesar Pinheiro)
"Maracanandé" (canto Tupi) - voz de Márcia Siqueira
"Xavante" (Chico César)
"Povos do Brasil" (Leandro Fregonesi)
"Motriz" (Caetano Veloso)
"Viver na Fazenda" (Dori Caymmi e Paulo Cesar Pinheiro)
"Eu te Desejo Amor" (Charles Trenet; versão Nelson Motta)
"Non Je Ne Regrette Rien" (Michel Vancair e Charles Dumont)
"Silêncio" (Flávia Wenceslau)
- Bis
"Brincar de Viver" (Guilherme Arantes e Jon Lucien)
"O que É, o que É?" (Gonzaguinha)

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