As empresas russas ProfMedia e Digital Sky Technologies (DST), que tem uma parte do Facebook, e a chinesa Tencent apresentaram ofertas para comprar o ICQ, o primeiro programa de mensagens instantâneas a se popularizar na internet e que recentemente ganhou uma nova versão. Atualmente o sistema pertence à AOL, uma empresa norte-americana de internet.
A AOL colocou à venda seus ativos não essenciais, incluindo o ICQ, cujo valor é estimado em até US$ 300 milhões (R$ 540 milhões).
Citando fontes anônimas, o jornal russo Vedomosti afirmou que as três companhias apresentaram ofertas de compra. Ainda de acordo com a publicação, a DST e a ProfMedia não quiseram comentar o assunto, enquanto a AOL e a Tencent não retornaram as tentativas de contato.
A tendência é que o ICQ fique nas mãos de uma empresa que não seja norte-americana, já que o serviço é mais popular fora dos Estados Unidos. O sistema tem entre 40 milhões e 50 milhões de usuários no mundo, com presença forte em locais como Alemanha, Rússia, Israel e Leste Europeu.
De qualquer forma, a AOL deve receber menos do que pagou pelo ICQ quando comprou o serviço em 1998, um negócio de cerca de US$ 250 milhões (R$ 445 milhões). O programa foi criado em 1996 por quatro jovens em Israel e foi febre na segunda metade da década de 90.
Em janeiro, depois de quase desaparecer do mercado com a invasão do então MSN (hoje Windows Live), da Microsoft, o ICQ finalmente entrou na era das redes sociais. A versão sete do programa traz um recurso que oferece integração com o Twitter e com o Facebook e acesso a várias redes de conteúdo como YouTube e Flickr. As novas abas permitem o recebimento de informações dessas redes, possibilitando que o usuário interaja com os amigos e com conteúdo dentro do próprio programa.
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