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Trocava almoço e café por uísque', diz Hudson ao deixar reabilitação

Quantas histórias você já ouviu sobre pessoas que conheceram a fama muito rapidamente e foram por ela iludidas? O nome nos jornais, muito dinheiro, carrão importado, apartamento de luxo, festas, sexo, drogas e a queda. Do auge do estrelato ao fundo do poç

Da Redação

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  Cantor Hudson teve alta da clínica de reabilitação após sete meses
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Cantor Hudson teve alta da clínica de reabilitação após sete meses
Escrito por Da Redação
Publicado em 29.09.2014, 06:39:00 Editado em 27.04.2020, 20:08:08
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Quantas histórias você já ouviu sobre pessoas que conheceram a fama muito rapidamente e foram por ela iludidas? O nome nos jornais, muito dinheiro, carrão importado, apartamento de luxo, festas, sexo, drogas e a queda. Do auge do estrelato ao fundo do poço. E o sucesso dá lugar ao sofrimento solitário e destrutivo. Mas a história que vamos contar a partir de agora, é um bom exemplo de que é possível recomeçar a vida. Um recomeço difícil que tem que ser assegurado dia após dia.

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“Eu via o diabo todo dia dentro de uma garrafa. Todo dia, eu trocava um almoço, meu café da manhã, por uma talagada de uísque. Aí, entrei nessa de cocaína. Acho que eu fui o primeiro artista no mundo sertanejo que botou a cara a tapa”, conta o cantor Hudson.

Foram sete meses internado em uma clínica de reabilitação na Região Metropolitana de São Paulo. “Eu fiquei entre a morte e a vida”, ele conta.

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Na segunda-feira (22), o cantor sertanejo Hudson teve alta e ganhou uma nova chance. “Entre morrer e viver, eu preferi viver. E aqui foi onde eu aprendi a viver novamente. Acho que é o dia mais feliz da minha vida. Eu estou voltando para a sociedade, só que limpo, né?”, diz ele ao sair da clínica.

A família de Hudson também estava lá. A noiva, o pai e a mãe. Edson, o irmão e parceiro de palco, fez questão de acompanhar o momento. “Dá um gelo na barriga. Não vejo a rua faz sete meses”, conta Hudson.

A internação na clínica foi ideia do Seu Jerônimo, pai do Hudson. Ele percebeu que o filho estava sem controle. “Eu falei: ‘meu filho, o que que está acontecendo com você? Você esqueceu que a sua família é tão grande, você tem milhões de famílias que te amam e te adoram no Brasil’. Me emociono de falar. Aí, ele falou para mim: ‘Pai, eu não estou bom’”, lembra o pai de Hudson, Jerônimo Silva.

O músico não queria passar tanto tempo na clínica, mas o pai forçou o filho a ficar.

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Fantástico: Você chegou a ficar chateado com isso?
Hudson: Logo que eu fui internado, eu fiquei muito chateado. Mas, hoje, eu vejo, assim, que foi um ato de amor.
Jerônimo: Eu fiz a coisa mais certa da minha vida, salvar um filho.

Ele e a noiva seguiram para Limeira, interior de São Paulo. Eles moram juntos lá.

Fantástico: Da sua casa, especialmente, do que que mais você sentiu falta?
Hudson: Acho que dos lagos, de pescar. Não sei nem o que falar. É muito grande aqui, tem 50 mil metros. Eu não dava valor em nada disso, eu não enxergava como eu enxergo hoje.
Fantástico: Você acha que se você não tivesse buscado o tratamento, como é que você estaria hoje?
Hudson: Morto, com certeza. Porque foi através do tratamento, que eu descobri a lesão que eu tinha no fígado. Tive duas lesões no cérebro, uma do lado direito, uma do lado esquerdo.

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Consequência do uso de drogas e álcool desde muito cedo. “A cocaína entrou na minha vida, feio mesmo assim, quando eu comecei a trabalhar demais”, ele lembra.

Hudson começou a cantar com o irmão Edson ainda criança. Já são 35 anos de carreira. Juntos, formaram uma dupla de sucesso. Chegaram a se separar por dois anos, entre 2009 e 2011. Edson seguiu carreira solo.

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Depois, voltaram a cantar juntos. No começo desse ano, a carreira foi interrompida mais uma vez. O vício de Hudson começou a ficar incontrolável por causa de uma tragédia pessoal.

“Por causa do suicídio da Larissa. Aí eu vi que eu tinha caído em um buraco mesmo, sozinho eu não conseguia”, ele conta.

Larissa foi uma das esposas do cantor. Ela se matou em 2012. “Quando houve essa tragédia na minha vida, aí eu comecei a usar todo dia. Uísque, eu não tomava nem na xícara mais. Tomava no bico mesmo. Eu dormia com a garrafa do lado da cama, entendeu? Acordava e já bebia de novo. Descontrole total, descontrole total”, ele diz.

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Em 2013, Hudson foi preso duas vezes no mesmo dia por porte ilegal de armas. Ele diz que é colecionador.

“Eu sentia a culpa de ter, de repente, estragado a carreira por causa daquilo, entendeu?”, lembra Hudson.

Ele ficou muito perto da morte: “Tive 12 overdoses. Na maioria das vezes, tinha gente perto, os amigos, tal. A última overdose que eu tive, quem me levou para o hospital foi a Thayra”, revela.

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Thayra, a noiva 24 anos mais nova, fez o cantor mudar. “Eu conheci a Thayra e quis mudar de vida. ‘Você tem que ter um homem do seu lado, não quero que você tenha um drogado’”, ele diz.

“Estou feliz, orgulhosa dele. Um vencedor, né?!”, diz Thayra Machado, noiva de Hudson.

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“Eu me sinto 100% recuperado. Sinceramente eu tenho medo de uma recaída. Não adianta eu ser hipócrita de falar que eu não tenho medo, porque eu tenho medo sim. Mas esse medo é bom, é esse medo é que vai me manter afastado”, ele destaca.

Ele não ficou com sequelas. Com a desintoxicação, os problemas no fígado e as lesões no cérebro desapareceram.

“Ele está bem, está em um momento bom. Nós não acreditamos na cura, a gente acredita que é uma doença progressiva, incurável e fatal, e que ele precisa continuar fazer a manutenção para o resto da vida”, avalia o psicoterapeuta Alexandre Cardoso Castanheira.

Desde março, o Hudson não pisava em um estúdio. Ele foi até um em São Paulo com o irmão Edson e com a banda. “Estava com muita saudade”, conta Hudson.

O sertanejo com jeitão de roqueiro não demorou para se sentir à vontade. A dupla já vai lançar um disco novo. O Hudson gravou as músicas do CD em um estúdio improvisado dentro da clínica de recuperação.

Em novembro, Edson e Hudson botam o pé na estrada. “Eu sempre senti aquele friozinho na barriga, mas, dessa vez, o friozinho está um ‘Polo Norte’ na barriga”, ele brinca

Friozinho de quem quer subir agora no palco de um outro jeito.

“É muito mais maluco você estar sem usar nada. Quando você está sóbrio, você enxerga a vida como ela é”, diz Hudson.

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