Os deficientes visuais brasileiros poderão ganhar, em breve, um aliado no dia a dia: uma caixinha que fala a cor de um objeto e diz o valor de uma nota de dinheiro.
Batizado de Auire, o aparelho foi desenvolvido pelos estudantes de mestrado de engenharia da computação da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), Nathalia Patrício e Fernando Gil, e é finalista de uma competição internacional realizada pelo Instituto Unreasonable, que premia projetos sociais de grande impacto mundial.
Do tamanho de duas caixinhas de fósforo enfileiradas, o Auire, que significa "oi" na língua dos índios javaés, é um identificador que emite o nome de 40 tonalidades de cores de objetos e de notas em circulação no Brasil. A grande vantagem do aparelho é o seu preço: ele deverá custar entre R$ 100 e R$ 200, um valor bem mais baixo do que o do modelo importado, que custa R$ 1.200.
O segredo do preço baixo do aparelho foi ele ter sido desenvolvido com a ajuda de software e hardware livres. O Auire possui um circuito eletrônico e dois LEDs (diodos emissores de luz, na sigla e inglês) que emitem luz branca, cada um para uma das três cores básicas (vermelho, verde e azul).
A luz é dirigida ao objeto ou à nota e usa sensores para captar a reflexão, isto é, a mudança da direção de propagação das ondas de cada cor. Um software embutido no aparelho calcula a proporção de cada cor primária, identifica-a em uma lista de 40 e fala aquela que mais se aproxima da do objeto ou da nota.
Cada um dos dois botões do Auire serve para uma tarefa diferente: o verde dá o nome de cada nota e o amarelo, a cor do objeto.
Deixe seu comentário sobre: "Aparelho para cegos fala nomes das cores"